Botafogo anuncia plano de quitação de dívidas de R$ 400 milhões; entenda
Glorioso já tem protocolado pedido de recuperação judicial para sanar débitos cíveis do clube nos últimos anos
Escudo do Botafogo (Foto: Divulgação/Site Oficial do Botafogo)
Em seu processo para encerrar as dívidas que tem o atormentado nos últimos anos, o Botafogo deu mais um passo em direção a isto na terça-feira (19), com o clube protocolando junto à Justiça o pedido de recuperação judicial para tentar quitar uma série de débitos de ordem civel.
No pedido, o Glorioso se propõe a pagar em um prazo de 13 anos pouco mais de R$ 443 milhões em débitos desta ordem, segundo o GE. O processo passou a se movimentar depois de ser discutido e aprovado pelos credores quando da consulta feita pelo clube a estes.
Tal plano, divulgado em fevereiro e aprovado por 60% dos credores, divide o acerto das dívidas em três categorias. Em uma delas, o pagamento do valor do débito será feito em parcela única, a ser paga em até dez dias da homologação judicial do plano ou até o próximo dia 31, com o valor podendo ser descontado em até 90% dos valores atualizados.
Além disto, há uma faixa para os que podem receber os valores a longo prazo, com carência de até dois anos da data da homologação. O pagamento a ser feito pelo Botafogo poderá ter prazo de até 156 meses, com o deságio sendo estipulado em até 40% do valor.
A terceira categoria envolve o pagamento de um valor fixo aos credores. Tal parcela, esta que pode chegar a R$ 20 mil do valor da dívida, será paga em até 60 dias da homologação, com a contrapartida de que qualquer saldo que ultrapasse o valor fixado não seja cobrado pelo credor.
Até a recuperação judicial, as dívidas cíveis do Glorioso eram centralizadas em um único processo, mediante o Regime Centralizado de Execuções, que limitava em até 20% o valor das receitas do clube que deveriam ser repassadas ao pagamento dos débitos, que eram ordenados em ‘fila’ baseados no tempo do débito. A mudança aconteceu mediante uma série de problemas com credores pedindo a execução de débitos fora da ordem pré-estabelecida.

