Mauro Cezar aponta clube que pode “cruzeirar” no futebol brasileiro: “Situação delicada”
Jornalista apontou que falhas graves de gestão no Corinthians estão destruindo o time nos bastidores
Mauro Cezar, em discurso na Jovem Pan (Reprodução)
Reagindo à informação que o Corinthians deve R$ 100 milhões em direitos de imagem, Mauro Cezar adotou um discurso sincero envolvendo o Timão. Em sua visão, o clube paulista passa por uma situação que, caso não seja interrompida, pode resultar em uma total destruição do clube causada por um verdadeiro caos financeiro.
“Devem R$ 100 milhões de direitos de imagem até de jogadores que foram embora, e dois titulares históricos, Cássio e Fagner (…) Os caras estão acabando com o Corinthians, é difícil destruir o Corinthians porque é um clube muito grande, mas é um processo que não para.”, disse, em live do UOL Esporte.
Na sequência, Mauro Cezar sinalizou que, para ‘cruzeirar’, o Corinthians vai precisar de uma grande irresponsabilidade nos bastidores. Ao lembrar do caso do Santos, rebaixado no Brasileirão, o jornalista não descartou a possibilidade do roteiro visto no time mineiro ser repetido no Timão.
“A gente vem falando disso. ‘Vai cruzeirar.’ É mais difícil ‘cruzeirar’ porque (o Corinthians) é maior que o Cruzeiro, mas é um processo que parece que não acaba. O Santos está na segunda divisão, e o Corinthians correu o mesmo risco. Isso não foi de uma hora para outra.”, completou.
Por conta da melhora após a chegada de António Oliveira, Mauro Cezar acredita que o português pode ser a salvação do Corinthians em 2024. Mesmo assim, não será fácil administrar os problemas dentro e fora do campo.
“É uma situação bem delicada, que eu acho que não tem a devida importância, vide o começo da temporada com promessas de Gabigol e ‘acabou a farra‘. A única esperança é se o António Oliveira fizer um grande trabalho, mais ou menos como o Tite fez em 2015.”, opinou.
Mauro Cezar cita clubes salvos pela SAF
Além do Corinthians, Mauro Cezar falou sobre a situação de três times que viraram SAFs no Brasil. Assim como Botafogo e Vasco, houve uma sinalização de que o Atlético-MG só foi salvo no momento em que o modelo de clube-empresa foi adotado no Galo.
“O Botafogo e Vasco só estão aí porque viraram SAFs. O Atlético-MG só não quebra porque virou SAF. Os benfeitores compraram o clube, um roteiro até meio previsível. Como o Atlético-MG iria se virar com uma dívida de R$ 1 bilhão e um faturamento de R$ 200 a 300 milhões? Como você paga isso?”, externou.

