Casagrande detona defesa do Fluminense de Diniz: “Até o Pedro Raul faria”
Comentarista disse que escolha do treinador foi “arriscada” para a segunda rodada da Copa Libertadores da América
Fernando Diniz é técnico do Fluminense (Lucas Merçon / Fluminense)
O comentarista Walter Casagrande Júnior, durante o UOL News Esporte, não perdoou a escolha de Fernando Diniz para a partida contra o Colo-Colo, do Chile, pela segunda rodada da Copa Libertadores da América.
O técnico escolheu formar a defesa do Fluminense na partida com Felipe Melo e Martinelli, volante que atuou pela primeira vez como zagueiro.
Para Casagrande, o risco foi muito grande a correr para um duelo tão importante. Ele ainda ironizou e disse que “até Pedro Raul”, atacante que não tem se destacado no Corinthians, faria gols de cabeça contra a equipe com essa formação.
“É louvável, ok, quer arriscar, mas você jogar a segunda partida da Libertadores, em casa, contra o Colo-Colo, você vai logo de cara com um volante de zagueiro?”, questionou Casagrande, que seguiu:
“Você pode fazer isso durante a partida, mas logo de cara? O Pedro Raul, do Corinthians, que não é um grande centroavante, é um jogador alto, um bom jogador. Se você coloca o Pedro Raul no Colo Colo, com aquela defesa do Fluminense de ontem, vai tomar gol de cabeça.”
Casagrande lembrou técnicos históricos que também mexiam em suas defesas, mas não desta forma
Segundo Casagrande, Fernando Diniz “não é o técnico mais revolucionário do mundo”. Ele lembrou ao menos três treinadores que mudavam seus times, mas não desta maneira. O ex-atacante falou sobre Rinus Michels, ex-Holanda e Jax, Arrigo Sachi,e x-Milan, e Pep Guardiola, do Manchester City.
“Rinus Michel, na Holanda e no Ajax, ele tinha zagueiros, só que os zagueiros saíam para o jogo. O Krol era um lateral esquerdo, depois passou para quarto zagueiro, depois passou para líbero, o Krol era um jogador que virava volante, até muito parecido com o Stones (do Manchester City). Com o Arrigo Sachi, no Milan, tinha defensores, só que os dois laterais viravam pontas”, lembrou Casagrande, que encerrou.
“Ganhou duas Champions, foi tetracampeão italiano e tudo mais, sendo ofensivo, marcando pressão, tendo toque de bola. E o Diniz quer fazer a mesma coisa só com invenções que só funcionam na cabeça dele, na minha visão.”
