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Palmeiras estreia no Brasileirão de olho em ‘vida pós-Endrick’

Verdão encara o Vitória podendo ampliar testes visando a saída do atual camisa 9 da equipe

Por Lucas Ayres em 13/04/2024 09:34 - Atualizado há 1 mês

Estêvão e Flaco López em ação pelo Palmeiras
Estêvão desponta como provável substituto de Endrick no Palmeiras (Foto: Sipa US/Alamy Live News)

A entrada de Endrick, aos 40 minutos do segundo tempo da vitória do Palmeiras sobre o Liverpool-URU, na última quinta-feira (11), surpreendeu.

Após as atuações no “sacrifício” nos jogos decisivos do Paulistão, sustentando uma lesão na coxa direita — sentida durante a passagem na seleção brasileira —, a expectativa era que o atacante fosse preservado da sequência imediata do Verdão após o título estadual.

Mesmo assim, o time de Abel Ferreira entra em campo no domingo (14), contra o Vitória, já de olho na “vida pós-Endrick”, isto é, no restante da temporada após a programada saída do camisa nove para o Real Madrid, em julho, quando completará 18 anos.

Apesar da entrada “surpresa” de Endrick ao final do jogo mais recente pela Libertadores, a tendência é que o jogador, se não for reserva, tenha ao menos os minutos limitados dentro de campo.

E o que pode ser uma perda técnica ou mesmo um desfalque, pode também ser mais uma oportunidade para Abel Ferreira testar, novamente, no Palmeiras sem o jovem atacante.

Estêvão, o substituto de Endrick no Palmeiras?

Diante do Liverpool-URU, o treinador português buscou na mesma fonte do problema, a solução. Sem Endrick — além de Zé Rafael e Mayke —, Abel escalou outras duas jovens promessas vindas da base do Palmeiras: Luís Guilherme e Estêvão.

O primeiro, meia de origem, atuou pela esquerda e teve um papel mais tático a cumprir, enquanto o segundo, apesar de um posicionamento diferente, esteve mais próximo da função do camisa nove atualmente. Ainda que mais preso à lateral que o colega, Estêvão foi o principal responsável por acelerar as jogadas da direita para dentro. E teve sucesso.

Durante 70 minutos em campo, o camisa 47 marcou um gol, acertou 18 passes, 2 chutes no gol, encontrou um passe-chave (que deixa um companheiro com uma chance clara de gol ou que leva a uma assistência) e ainda tentou cinco dribles.

Mais do que isso, Estêvão foi, mesmo aos 16 anos, um dos únicos jogadores do Verdão a mostrar um desempenho consistente, de boa atuação nos dois tempos do jogo.

A atuação do garoto foi suficiente para que ele fosse alçado ao status de “substituto” de Endrick. O que foi rapidamente rechaçado por Abel Ferreira, um notório crítico da precocidade do protagonismo das jovens estrelas do Palmeiras.

“Este moleque não tem nem 30 anos, nem maior de idade é, tem que ouvir os conselhos dos pais. No meu país, não dá para votar e nem carta de motorista pode tirar. O que digo a ele é o que digo aos meus filhos e filhas: tudo no tempo de Deus, sejam felizes, quando tiver que ir a Disney vai, porque o outro (Endrick) também foi e acabou vendido para o Real Madrid”, falou o treinador na coletiva de imprensa após a partida.

Rômulo, laterais e as opções de Abel Ferreira no Palmeiras

Além de todo o cuidado com a blindagem e o desenvolvimento do futebol de Estêvão, a incerteza quanto ao seu papel como substituto de Endrick no Palmeiras leva em consideração questões táticas.

Diante de um adversário naturalmente acuado, considerado o mais fraco do grupo do Verdão na Libertadores, de média de idade baixa (24 anos) e atuando dentro de casa, o jogo da última quinta-feira somava condições ideais para a estreia do jovem atacante como titular.

Contra o Vitória, no Barradão, no entanto, o cenário pode ser diferente. Contra um time mais experiente e atuando como visitante, Estêvão pode ter que mostrar mais facetas defensivas e competitivas, diferentes das mostradas no Allianz Parque.

Por isso, poderemos ver outras alternativas de Abel Ferreira para um Palmeiras sem Endrick. Uma delas é já tradicional “dobra de laterais”, com a escalação de Mayke mais adiantado no lugar do jovem ponta, ou de Caio Paulista/Vanderlan, pela esquerda, liberando o camisa 47 de maiores responsabilidades defensivas. Mesmo assim, nesse cenário, é possível que Luís Guilherme seja deslocado da esquerda para ocupar a vaga do colega de base.

A escalação do meia, aliás, não seria nenhuma surpresa. Aos 18 anos e em seu segundo ano como profissional, o camisa 31 tem um físico um pouco mais avançado em relação a Estêvão e também atua preferencialmente pela faixa direita do campo, ainda que com a tendência de “flutuar” para regiões mais centrais do campo. Além disso, tem crescido de produção e é alvo recente de sucessivos elogios de Abel Ferreira nas coletivas de imprensa pós-jogo.

De qualquer maneira, as “crias” da base do Verdão representam apenas uma das alternativas para o Palmeiras. Dudu e Bruno Rodrigues iniciaram suas transições físicas e podem voltar a ser relacionados em breve. O recém-contratado Rômulo, revelação do Paulistão, é outro que não deve demorar a ganhar minutos.

Ainda restam três meses de Endrick no Palmeiras. Mas o time já começa a preparar a vida sem aquele que deve ser um dos grandes nomes de sua geração no futebol mundial.

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