SAF do Atlético-MG reduz dívida para R$ 1,2 bi, mas continua a operar no vermelho
Mesmo com aporte da SAF, o Galo enfrenta desafios financeiros e dependendo de injeções de capital para equilibrar as contas
João Viegas / Atlético
O Atlético-MG concluiu sua transição para Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em novembro de 2023, transferindo ativos e dívidas. A nova entidade assumiu um passivo de R$ 1,255 bilhão, representando uma redução significativa. Entretanto, o clube continuou a operar com déficit, ou seja, gastando mais do que arrecadando. A informação é do jornalista Rodrigo Mattos, no UOL Esporte.
A Galo Holding, controlada por Rubens Menin, detém 75% do capital da nova SAF, com a associação retendo 25%. A transação incluiu dívidas anteriores do clube com a família Menin, além de um aporte inicial de R$ 505 milhões.
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A mudança resultou em uma redução de cerca de R$ 500 milhões no passivo, devido à injeção de capital e à conversão de dívidas em participação acionária. Entretanto, o clube encerrou mais um ano com despesas superando as receitas. A receita líquida do futebol foi de R$ 345,7 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 457 milhões.
Apesar de um superávit contábil de R$ 141 milhões, resultante de transações de ativos e aportes, o prejuízo real foi de R$ 370 milhões, desconsiderando esses valores. Isso se deve, em grande parte, ao volume significativo de empréstimos da SAF, que herdou R$ 677 milhões em empréstimos. Além disso, também enfrentou despesas financeiras superiores a R$ 200 milhões em 2023.
Com vendas de participações em SAF, a transformação em SAF e novos aportes, o Atlético-MG agora enfrenta um momento decisivo. O clube pode operar com déficit constante com financiamento dos novos proprietários ou buscar equilibrar receitas e despesas.

