Ex-SPFC revela influência de Rogério Ceni sobre treinadores
Revelado pelo São Paulo, Renan colecionou títulos jogando ao lado de um dos maiores ídolos do clube do Morumbi
Rogério Ceni atuando como goleiro do SPFC (Alexandre Schneider/Getty Images)
O ex-volante Renan, que teve contrato com o SPFC entre 2004 e 2010, tendo alguns empréstimos durante a sua passagem pelo Tricolor, esteve no “Futeboteco”, onde relembrou momentos da sua carreira e principalmente a sua passagem pelo São Paulo, clube que ele foi revelado e não esconde a sua paixão de torcedor.
Durante o papo, Renan relembrou quando Paulo Autuori chegou no SPFC e quis mudar a forma do time jogar, mas não deu muito certo.
“Paulo Autuori chegou no São Paulo em 2005 e falou que só jogava no 4-4-2, só que o time tava armado no 3-5-2 e ele tentou mudar. Fomos campeões da Libertadores no 3-5-2, aí depois, no Brasileiro, tentou mudar, fazer duas linhas de quatro, mas não deu certo, porque a característica dos jogadores que a gente tinha, com Cicinho de um lado, Júnior do outro, Danilo… era armado para o 3-5-2. Aí, ele se adaptou ao 3-5-2 e a gente foi campeão mundial assim”, disse.
Renan, então, foi perguntado se alguns jogadores questionavam essas escolhas do treinador. O ex-volante disse que sim, principalmente os mais experientes, como Rogério Ceni.
“Alguns tentavam falar com ele. O Rogério me escalou nas oitavas de final contra o Palmeiras. Porque o Palmeiras jogava com dois meias e um atacante. Jogava o Marcinho e o Juninho Paulista, com o Washington de atacante.”
“Então, o Rogério falou para o Paulo: ‘não tem sentido a gente jogar com três zagueiros para marcar um atacante. Tira um zagueiro, coloca o Renan, ai Renan e Josué, cada um marca o Marcinho e o Juninho, dá liberdade para o Mineiro, e a gente com dois zagueiros marca o Washington. Um marca e o outro fica na sobra. Foi isso que aconteceu nos dois jogos”, contou Renan.
Jogadores ouviam mais o Rogério Ceni
Na sequência, Renan foi perguntado se Rogério Ceni era quase que um auxiliar técnico dentro de campo. O ex-volante confirmou e disse que muitas vezes, ouviam mais o goleiro do que o treinador.
“Sim, ali dentro do campo, muitas vezes, mas muitas vezes mesmo, eu mais reparava no que o Rogério falava do que propriamente o treinador. Mas isso tudo por causa do tamanho dele né, por causa da moral dele”, finalizou.
Veja o que foi dito na íntegra:
