Lugano concorda com expulsão de Léo Jardim, do Vasco, por cera: “Ninguém precisa fingir que é bonzinho”

Um lance envolvendo o goleiro Léo Jardim, do Vasco, deu o que falar na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em jogo fora de casa, contra o Internacional, no Beira-Rio, o arqueiro acabou expulso pelo árbitro Flavio Rodrigues de Souza por cera. O juiz aplicou o segundo cartão amarelo quando o defensor estava sentado no chão.

O Vasco vencia a partida e Léo Jardim já havia sido advertido anteriormente. Flávio orientou o goleiro a levantar e, na sequência, aplicou o segundo cartão amarelo, causando a expulsão. Para os torcedores vascaínos, o árbitro da partida acabou sendo muito rigoroso, já que raramente um goleiro é punido nessas circunstâncias.

Lugano concorda com expulsão de Léo Jardim, do Vasco

Já o comentarista Lugano, ex-jogador de futebol, declarou que concorda com a decisão tomada por Flavio Rodrigues de Souza. No canal por assinatura ESPN, o uruguaio declarou que, na maior parte das situações, os arqueiros fingem estarem lesionados para ganhar tempo.

“Primeira vez na vida, com muita dor no coração, que vou estar de acordo com o juiz. Futebol é resumo da sociedade. A mesma hipocrisia que temos na sociedade, temos no futebol. Em 99% dos casos no futebol, o goleiro finge que está com dor para fazer cera e tirar vantagem, o juiz finge que está acreditando, o adversário finge que está fazendo fair play”, disse Lugano.

Ex-zagueiro sugere mudanças que vêm sendo testadas em outros países

O ex-jogador do São Paulo aproveitou para criticar de maneira geral quem apela para a cera, tentando buscar algum tipo de vantagem dentro de uma partida de futebol. “Não dá para culpar porque ele usou a ferramenta que tem. Esse tipo de lance faz com que o futebol seja talvez o esporte mais feio de assistir para quem não sente paixão. A FIFA fazendo regras é um desastre”.

Por fim, Lugano deu sugestões de como a situação da cera poderia ser coibida. Segundo o uruguaio, em seu país está sendo testado um novo formato: caso o goleiro fique caído por um determinado período, o reserva entra na partida, fazendo com que o titular acabe ficando de fora do restante daquele duelo.

“Tem que fazer igual no futebol dos Estados Unidos e como estamos tentando fazer no Uruguai para o próximo ano: o goleiro ou jogador que ficou mais de 15, 20 segundos no chão, vai para fora e entra o reserva. Ninguém precisa fingir que é bonzinho e acabou a hipocrisia”, concluiu.