Renato Paiva exalta o Palmeiras após revolta de Textor com eliminação do Botafogo: “É mais fácil criticar”
Treinador contratado pelo Fortaleza considera que o time alviverde mostrou competência em classificação no Mundial de Clubes
Renato Paiva, ao lado de Textor, em coletiva de imprensa (Vitor Silva/Botafogo)
Renato Paiva, após deixar o Botafogo, não ficou muito tempo livre no mercado. Chegando ao Fortaleza para substituir Juan Pablo Vojvoda, o português fez questão de rechaçar o estereótipo de retranqueiro. Porém, na visão de John Textor, o técnico “quebrou seus próprios princípios” no Mundial, já que o Glorioso “deveria ter vencido Atlético de Madrid e Palmeiras”.
Apresentado no Leão do Pici, Paiva recordou o cenário da eliminação do Botafogo. Levando em conta o duelo bastante acirrado, decidido apenas na prorrogação, o treinador acredita que, ao contrário do posicionamento de Textor, o Palmeiras merece elogios pela competência mostrada em campo.
“Fala por mim o meu trabalho. Dizer, por um jogo, que o Renato Paiva é retranqueiro… é mais fácil dizer isso para justificar algumas coisas do que propriamente dar mérito ao Palmeiras. Hoje em dia, é muito difícil dar mérito a quem está do outro lado, dar mérito a quem tem, e é muito mais fácil criticar e fazer sangue em cima do outro, que não tem sucesso. Portanto, vejo aquele jogo como mérito ao Palmeiras.”, disse Paiva.
Preparação no Botafogo
Na sequência, Renato Paiva destacou que o discurso Textor foi exceção no Botafogo. Isso porque os jogadores, cientes do planejamento, rechaçaram qualquer exagero defensivo para encarar o Palmeiras. Neste contexto, como Abel Ferreira trouxe uma tática surpreendente, o Glorioso acabou ficando impedido de subir ao ataque com frequência.
“Em nenhum momento os meus jogadores falaram, depois do jogo, que o treinador passou ideias defensivas no plano de jogo. Os meus diretores, os meus jogadores viram a preparação do jogo. Em nenhum momento, fomos defensivos intencionalmente. A questão é que o Palmeiras, de fato, nos surpreendeu em outro posicionamento, teve mais a bola e nos obrigou a baixar. É mais fácil criticar do que dar mérito a quem tem.”, prosseguiu.
Compromisso de Renato Paiva ao dirigir o Fortaleza
Recordando os trabalhos recentes, Renato Paiva deixou claro que não vai abrir mão das convicções ofensivas à frente do Fortaleza. Embora tenha deixado uma imagem negativa no Botafogo, o português tem uma oportunidade valiosa de alcançar um nível de prestígio elevado dentro do futebol brasileiro.
“Quem vê meus números, vê uma equipe que ataca, que propõe, que procura o gol, que busca recuperar a posse da bola, que tenta ser equilibrada nos momentos do jogo. Não vamos sempre fazer a mesma coisa, vai depender do jogo. Os números estão aí. Fui o melhor ataque do Equador, na base do Benfica o melhor ataque, no Toluca melhor ataque, agora no Botafogo, nos jogos em casa, só vitórias. Só tivemos um empate que merecíamos ter ganhado.”, externou.

