Rogério Ceni indica azar do Flamengo no Mundial e não condena eliminação: “Seria difícil para qualquer brasileiro”
Treinador do Bahia elogiou campanha do Fluminense, mas vê distância dos clubes brasileiros em relação ao PSG e Bayern de Munique
Rogério Ceni, ex-treinador do Flamengo (Alexandre Vidal - CRF)
Rogério Ceni, ao abordar o fim da participação do Flamengo no Mundial, indicou um azar do clube carioca. Embora tenha ficado em primeiro do grupo, o Rubro-Negro teve que enfrentar o Bayern de Munique nas oitavas de final, algo que decretou a eliminação da equipe carioca. Neste cenário, como o PSG seria o adversário em caso de classificação, o técnico não possui dúvidas do chaveamento difícil para Botafogo, Palmeiras e Fluminense.
Em relação ao Fluminense, único brasileiro vivo na disputa pelo título, Rogério Ceni quis destacar o protagonismo de Arias. Porém, mesmo com o Tricolor das Laranjeiras presente nas semifinais do Mundial, o técnico do Bahia considera que, apesar de uma menor distância comprovada no torneio, clubes como PSG e Bayern seguem em um patamar acima.
“O Flamengo deu azar, por exemplo, porque caiu em um lado da chave onde tinha Paris Saint-Germain e Bayern. Seria difícil para qualquer brasileiro. Aí, você tem Palmeiras, Botafogo e Fluminense. O Fluminense ainda está vivo na competição por mérito. É um time que joga e tem competido muito. Tem, para mim, no Arias, a principal peça do time, um jogador diferente.”, disse Ceni, em entrevista ao Globo Esporte Bahia.
“Eu acho fantástica a campanha do Fluminense, muito mérito. Eu acho que a distância diminuiu muito entre os clubes brasileiros para alguns clubes europeus. Eu ainda acho que para um Paris, para um Bayern, a diferença pode continuar ainda grande.”, prosseguiu.
Rogério Ceni admite incômodo
Ao longo de 16 partidas, Rogério Ceni foi derrotado em todos os jogos contra o Flamengo. Incomodado com o tabu, o técnico enxerga que o fim da sequência esteve próxima, motivo pelo qual o reencontro envolvendo o Rubro-Negro, no segundo turno do Brasileirão, pode colocar um ponto final no retrospecto totalmente negativo.
“Eu acho que nós precisamos crescer como time, e já tivemos oportunidade de vencer, tivemos muito próximos de vencer, fizemos jogos com o Flamengo ao longo do ano passado sendo superiores. Fizemos um jogo aqui na Fonte Nova que o Flamengo fez uma finalização no gol e ganhou de 1 a 0 da gente. E nós tivemos ótimas chances de gol.”, afirmou.
“O jogo é muito mental, você tem que tentar ter força mental para que a bola, quando tiver oportunidade, você faça. Contra o Flamengo, infelizmente, não aconteceu. É chato, incomoda, claro que incomoda. E esperamos que, apesar de o Flamengo ter um ótimo time para este ano de novo, investiu bastante em contratações, que a gente possa ter a oportunidade de vencer este ano.”, prosseguiu.
Força atrelada ao Flamengo
Campeão brasileiro dirigindo o Flamengo, Rogério Ceni está ciente que não é fácil desbancar o ex-clube. Levando em conta os atuais números de Filipe Luís, o comandante do Bahia prevê dificuldades no confronto da 27ª rodada do Brasileirão, tendo em vista o foco da equipe carioca em faturar o título nacional.
“Infelizmente, eu me tornei treinador no momento que o Flamengo fez o seu melhor time desde a década de 1980 quando tinha Zico, Adílio, Andrade, Tita, Nunes…O Flamengo perde muitos poucos jogos, se você for analisar. Filipe Luís fez 50 jogos tinha três ou quatro derrotas, somente. Ou seja, o percentual, dos últimos 50 jogos, talvez 8% das equipes conseguiram uma vitória sobre o Flamengo. Então é difícil para todo mundo.”, ressaltou.

