Palmeiras atinge R$ 164 milhões anuais em patrocínios fixos e negocia três novos acordos
Alviverde tinha meta de ultrapassar os R$ 150 milhões
Gustavo Gomez em ação pelo Palmeiras. (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Alamy)
O Palmeiras superou mais uma marca importante no seu planejamento financeiro. Com o anúncio da Cimed como nova patrocinadora, o clube atingiu R$ 164 milhões por ano em receitas fixas apenas com o uniforme. O valor ultrapassa a meta de R$ 150 milhões traçada pela diretoria no fim de 2024.
A Cimed ocupará o espaço das omoplatas da camisa e pagará cerca de vinte milhões de reais fixos por temporada. O contrato tem duração até o fim de 2027 e totaliza cinquenta e sete milhões de reais, somando valores fixos e bônus por desempenho. Isso ajudou o Palmeiras a bater o recorde de faturamento no ano.
Clube ultrapassa metas e busca novos investidores
A meta orçamentária inicial era de cento e trinta milhões de reais, alcançada em março deste ano. Mesmo assim, o clube manteve a ambição de ir além e garantiu novos acordos que consolidaram o uniforme mais valioso da sua história.
O departamento de marketing ainda trabalha para ampliar essa receita. Há negociações com três novos patrocinadores para espaços disponíveis no uniforme e dois interessados em acordos voltados às plataformas digitais.
Detalhes dos contratos atuais
O atual uniforme conta com cinco patrocinadores principais. Além da Cimed, há contratos com Sportingbet, Fictor, Sil Fios e Cabos Elétricos, e Uniasselvi. A soma desses valores fez o clube ultrapassar todas as metas internas de patrocínio estabelecidas desde 2023.
Confira os valores estimados de cada contrato:
- Sportingbet – R$ 173 milhões (R$ 100 milhões fixos e R$ 73 milhões em bônus por desempenho)
- Fictor – R$ 30 milhões (R$ 25 milhões fixos e R$ 5 milhões em variáveis)
- Sil Fios e Cabos Elétricos – R$ 11 milhões fixos, com bônus não divulgados
- Uniasselvi – R$ 8 milhões fixos
- Cimed – R$ 20 milhões fixos por ano, com R$ 57 milhões somando fixo e variável até 2027
- Puma (fornecedora de material esportivo) – cerca de R$ 50 milhões, entre valores fixos e variáveis
Com todos os contratos vigentes e as bonificações previstas, os valores totais podem ultrapassar os duzentos milhões de reais anuais. Caso o clube conquiste títulos, a cifra pode chegar a trezentos milhões, considerando todos os bônus por desempenho.
Estratégia de crescimento e estabilidade financeira
O Palmeiras segue uma linha de gestão que busca diversificar fontes de receita e reduzir dependências. Os acordos com patrocinadores foram negociados com cláusulas de desempenho e metas de visibilidade, fortalecendo a marca em competições nacionais e internacionais.
O clube também optou por não explorar a barra frontal da camisa, mantendo o design limpo e valorizando os parceiros atuais. Essa escolha tem agradado os investidores e impulsionado o valor comercial do uniforme.
O contrato com a Cimed reforça essa estratégia. A empresa, uma das maiores do setor farmacêutico brasileiro, vê no Palmeiras uma plataforma sólida para ampliar a exposição da marca.
Expectativas para os próximos meses
Com a nova estrutura de receitas, o Palmeiras entra em uma das fases mais estáveis financeiramente de sua história recente. A diretoria ainda pretende concluir novas negociações até o fim do ano, com o objetivo de ultrapassar o recorde de 2023 e garantir segurança orçamentária para 2026.
Se as conversas atuais forem concluídas, o clube poderá consolidar o maior pacote de patrocínios do futebol brasileiro. O modelo de gestão adotado pela presidente Leila Pereira tem atraído o interesse de grandes marcas e colocado o Palmeiras entre os clubes mais rentáveis do país.
O uniforme, que já era o mais valioso da história do clube desde março, se torna agora um símbolo da boa fase financeira e do fortalecimento institucional do Alviverde.

