Robinho nega privilégios na cadeia e dá detalhes da rotina; vídeo
Ex-Atacante do Santos e da seleção brasileira está preso desde março de 2024
Robinho estava no presídio II de Tremembé desde março de 2024 (Foto: Reprodução Youtube Conselho da Comunidade de Taubaté)
Ex-jogador da seleção brasileira e ídolo do Santos, Robinho falou publicamente sobre a rotina no Centro Penitenciário II de Tremembé, no interior de São Paulo. Em vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, o ex-atacante negou qualquer tipo de privilégio e afirmou que vive as mesmas condições dos demais presos. Robinho cumpre pena de nove anos de prisão imposta pela Justiça italiana pelo estupro de uma mulher em uma boate de Milão.
“A visita é igual e o tratamento é igual para todo mundo. As mentiras que têm saído de que sou liderança, que eu tenho problema psicológico, não são verdadeiras. Nunca precisei tomar remédio, graças a Deus. Apesar da dificuldade que é estar numa penitenciária, sempre tive uma cabeça boa e estou fazendo tudo o que os outros também fazem”, declarou Robinho.
Rotina sem regalias
O ex-jogador afirmou que seus dias seguem o mesmo ritmo que o dos outros presos. Ele recebe visitas da esposa e dos filhos aos fins de semana, participa das atividades diárias e cumpre o trabalho designado pela direção da penitenciária.
“A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nada diferente, nunca tive tratamento diferente. Na hora do trabalho, faço tudo o que todos fazem. Quando a gente quer jogar futebol, é liberado quando não tem trabalho no domingo. Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro”, contou.
Robinho também disse que mantém uma postura disciplinada. “A gente apenas obedece ordens. Não tem privilégio nenhum aqui.”
De acordo com o Conselho da Comunidade de Taubaté, o ex-jogador aproveita o tempo livre para fazer leituras, participar de cursos e praticar esportes dentro da unidade.
O caso que levou à prisão
Robinho foi condenado na Itália por participar do estupro de uma jovem albanesa em 2013, quando jogava pelo Milan. O crime aconteceu em uma boate de Milão e envolveu outros cinco homens. Um deles, Roberto Falco, também cumpre pena, enquanto os demais não foram julgados.
O ex-atacante tentou recorrer da decisão em todas as instâncias italianas, mas a condenação foi confirmada de forma definitiva em 2022. Como ele já estava no Brasil, o governo italiano pediu sua extradição. O pedido foi negado, já que a Constituição brasileira não permite extraditar cidadãos nascidos no país.
Cumprimento da pena no Brasil
Após a negativa da extradição, a Justiça italiana solicitou que a pena fosse executada no Brasil. O Superior Tribunal de Justiça homologou a sentença em março de 2024.
Desde então, Robinho cumpre pena no presídio de Tremembé II, conhecido por abrigar detentos que ganharam notoriedade nacional, como Alexandre Nardoni, Lindemberg Alves e Elize Matsunaga.
O caso continua a gerar grande repercussão, mas o ex-jogador tenta manter uma rotina discreta. Segundo ele, o foco agora é cumprir as regras, participar das atividades propostas e se manter mentalmente equilibrado dentro do sistema prisional.


