Botafogo confia em reverter transfer ban e projeta promete ser ativo no mercado

O Botafogo trata com confiança a punição imposta pela Fifa que impede o registro de novos jogadores nas próximas três janelas de transferências. A diretoria acredita que o bloqueio será revertido em breve, após a regularização da pendência financeira envolvendo a contratação de Thiago Almada junto ao Atlanta United.

Em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, o clube informou que mantém diálogo com a equipe norte-americana e trabalha para solucionar o caso antes ou logo no início da janela de transferências, prevista para abrir em 2 de janeiro. Mesmo diante da sanção, o discurso interno segue otimista.

Confiança em acordo com o Atlanta United

Segundo o Botafogo, as conversas com representantes do Atlanta United foram classificadas como construtivas. O clube explicou que as negociações acabaram temporariamente interrompidas por conta do recesso de fim de ano, mas devem ser retomadas nos próximos dias.

A expectativa da diretoria é resolver a situação em curto prazo, o que permitiria a liberação para registrar reforços ainda no começo de 2026. A nota também reforça que o planejamento esportivo não foi interrompido, apesar da sanção imposta pela Fifa.

Decisão do CAS e valor da dívida

A punição aplicada ao Botafogo está ligada a uma decisão da Corte Arbitral do Esporte. O CAS condenou o clube ao pagamento de 21 milhões de dólares ao Atlanta United, valor que corresponde a cerca de 114 milhões de reais na cotação atual.

A decisão encerrou as possibilidades de recurso, o que obriga o Botafogo a cumprir o pagamento para conseguir a liberação junto à Fifa. Enquanto isso não ocorre, o clube segue impedido de registrar atletas profissionalmente.

Entenda o impasse envolvendo Thiago Almada

O caso remonta à contratação de Thiago Almada, fechada em julho de 2024. O acordo previa o pagamento integral de 21 milhões de dólares, mas apenas duas parcelas foram quitadas até o momento, segundo documentos apresentados à Fifa.

O Botafogo afirma que havia definido, ainda em junho de 2024, um parcelamento do valor ao longo de quatro anos. Já o Atlanta United sustenta que o prazo máximo para quitação seria até 30 de junho de 2026, o que gerou divergências contratuais.

Disputa sobre percentual destinado ao jogador

Durante o processo, outro ponto gerou conflito entre as partes. O Atlanta United exigiu que Almada abrisse mão de 10% do valor da transferência, percentual previsto pela legislação da MLS para atletas negociados.

Os representantes do jogador recusaram a exigência. Para viabilizar o negócio, a Eagle Football Holding, empresa que controla o Botafogo, assumiu o pagamento desse montante, equivalente a 2,1 milhões de dólares, e passou a buscar ressarcimento posteriormente.

Cobranças em instâncias diferentes

Atualmente, o Botafogo tenta recuperar esse valor na Justiça dos Estados Unidos, enquanto o Atlanta United cobra o total da transferência diretamente na Fifa. O clube brasileiro argumenta que há uma cobrança paralela em andamento e que isso deveria ser considerado.

Apesar da argumentação, a Fifa manteve o transfer ban até que o débito seja regularizado. Mesmo assim, a diretoria alvinegra segue confiante em um desfecho favorável e acredita que a situação não deve se arrastar por muito tempo.

Nos bastidores, o entendimento é de que o clube terá condições de virar a página rapidamente e iniciar 2026 com liberdade para executar seu planejamento esportivo.

Clube projeta mercado ativo em janeiro

Mesmo com o transfer ban em vigor, o Botafogo deixou claro que pretende atuar de forma agressiva no mercado assim que a punição for revertida. A diretoria afirmou que já trabalha em negociações e mapeamento de reforços para a próxima temporada.

O clube entende que o elenco precisará de ajustes para 2026 e não vê o episódio como um entrave definitivo. Internamente, a avaliação é de que a questão jurídica será resolvida e não comprometerá o planejamento esportivo de médio prazo. Uma das possibilidades é a contratação de Hulk.