Casagrande descarta nó tático de Filipe Luís em Abel Ferreira na Libertadores
Ex-jogador não viu uma vitória fácil do Flamengo
Casagrande durante debate no UOL Esporte - Reprodução/YouTube
Casagrande comentou a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras. O ex-atacante afirmou que não viu um nó tático de Filipe Luís na decisão. Ele também disse que a partida foi fraca e com poucos momentos de controle real de qualquer lado.
Durante participação no UOL, Casagrande explicou que a estratégia de Abel Ferreira funcionava até o gol do Flamengo. Danilo marcou de cabeça após cobrança de escanteio e decidiu o jogo. Esse lance mudou tudo. A jogada quebrou o plano palmeirense e alterou o ritmo da decisão.
Mesmo assim, Casagrande reforçou que não houve domínio completo. O Flamengo teve mais posse de bola. Porém, na visão do ex-jogador, isso não refletiu superioridade clara. Ele destacou que posse isolada não significa controle do jogo.
Críticas ao nível da partida
Casagrande também comentou o nível técnico da final. Ele avaliou que o confronto foi travado e com pouca criatividade. Por isso, não viu espaço para falar em nó tático. Na opinião dele, esse termo só se aplica quando uma equipe controla todas as ações e vence com facilidade. Esse cenário não aconteceu no Maracanã.
A vitória garantiu o tetracampeonato da Libertadores ao Flamengo. Mesmo assim, o desempenho segue em debate. Casagrande destacou que, apesar do título, o jogo não agradou. “O Abel não tomou nó tático. O jogo foi ruim. Ninguém dominou totalmente o jogo. [A estratégia] estava funcionando, só tomou o gol de escanteio com a cabeçada do Danilo”, comentou.
Já Neto fez duras críticas ao técnico Abel Ferreira. O ex-jogador culpou o treinador pela derrota do Palmeiras.
Estatísticas reforçam a visão de Casagrande
As estatísticas ajudam a entender por que Casagrande não enxergou um domínio claro. O Flamengo teve mais posse nos dois tempos. Porém, criou pouco para transformar esse volume em superioridade.
No primeiro tempo, o time carioca ficou com 67 por cento da bola. Mesmo assim, finalizou apenas três vezes. O Palmeiras chutou duas. Nenhuma das equipes acertou o gol. O ritmo seguiu lento e com poucas chances claras.
O cenário mudou pouco no segundo tempo. O Flamengo manteve mais posse, com 62 por cento. Porém, o Palmeiras respondeu com nove finalizações. O Flamengo tentou dez. O equilíbrio apareceu também nos cartões e nas faltas. O jogo ganhou força física e pouca inspiração ofensiva.
As finalizações certas confirmam a análise. O Palmeiras não acertou o alvo. O Flamengo finalizou no gol apenas duas vezes em toda a partida. Os números reforçam o discurso de Casagrande. A partida foi truncada e com poucas oportunidades reais.
O gol saiu em um escanteio. A jogada decidiu tudo. O confronto seguiu equilibrado e sem sinais de um domínio absoluto. Por isso, Casagrande não viu espaço para falar em nó tático.

