Cruzeiro reduz R$ 1 milhão na folha e aguarda definição de Gabigol
Time mineiro busca espaço para realizar contratações
Bolasie pelo Cruzeiro. Foto: AGIF/Alamy Live News
Com Tite confirmado como treinador, o Cruzeiro começa a acelerar decisões relacionadas ao elenco para 2026. O clube trabalha com a ideia de ajustes pontuais, tanto para abrir espaço a reforços quanto para equilibrar o orçamento salarial.
As primeiras movimentações já garantem um alívio estimado em R$ 1 milhão por mês. Esse respiro inicial vem de saídas previamente definidas, enquanto outras situações seguem em avaliação pela diretoria.
A expectativa interna é ampliar essa margem nas próximas semanas, dependendo de negociações em andamento.
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Três saídas já confirmadas
O Cruzeiro não renovará os contratos de Bolasie, Eduardo e Gamarra, todos com vínculo até 31 de dezembro. A saída do trio representa a redução imediata de despesas e já está incorporada ao planejamento financeiro do clube.
Bolasie e Eduardo chegaram em definitivo, enquanto Gamarra atuava por empréstimo do Athletico-PR. Nenhum dos três esteve nos planos centrais para a próxima temporada. A decisão passou por avaliações técnicas e também pelo impacto financeiro de cada contrato.
Casos distintos dentro do elenco
Apesar de todos deixarem o clube, o peso esportivo de cada saída foi diferente. Gamarra teve participação mínima, com apenas cinco jogos disputados e última atuação em maio.
Bolasie teve contribuição ofensiva mais relevante, com quatro gols e três assistências. Ainda assim, iniciou poucas partidas como titular e completou 90 minutos apenas uma vez.
Eduardo, por sua vez, foi alternativa frequente ao longo do ano. Atuou em 51 jogos e ocupou diferentes funções no meio-campo, servindo como opção imediata em várias formações.
Renovação evitada e economia ampliada
No caso de Bolasie, o contrato previa renovação automática mediante metas em 2025, além de reajuste salarial para o ano seguinte. Durante a temporada, clube e jogador chegaram a um acordo para retirar essa cláusula.
A mudança evitou um aumento de 25% nos vencimentos do atacante e contribuiu para a economia projetada para 2026. A decisão foi tomada de forma consensual, sem desgaste entre as partes. Esse tipo de ajuste passou a ser prioridade dentro do clube.
Situação de Fagner segue indefinida
Outra possível economia passa pela situação de Fagner. O lateral-direito, que pertence ao Corinthians, também tem contrato apenas até o fim do ano. Sua permanência ainda não está definida.
Mesmo com a chegada de Tite, com quem trabalhou no clube paulista e na seleção, não há garantia de renovação. Os salários do jogador são divididos entre Cruzeiro e Corinthians. Uma eventual saída liberaria mais espaço na folha e segue em análise.
Gabigol concentra maior impacto financeiro
Nenhuma movimentação, porém, teria efeito tão significativo quanto uma possível saída de Gabigol. O atacante tem contrato até 2028, mas perdeu espaço ao longo da temporada e soma poucos minutos em campo.
A situação se agravou com a chegada de Tite, com quem mantém relação distante desde trabalhos anteriores. Mesmo evitando declarações polêmicas, o cenário indica pouca perspectiva de retomada. O salário do jogador gira em torno de R$ 2,5 milhões mensais, o maior do elenco.
Até o momento, o Santos é o único clube que demonstrou interesse concreto, mas os valores são vistos como entrave. Internamente, o Cruzeiro trata o tema com cautela, ciente do impacto esportivo e financeiro.

