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Corinthians devia ter vergonha de soltar balanço de madrugada

Timão completa quatro anos de desgoverno e apresenta uma dívida bilionária durante a administração de Andrés Sanchez.

fernandogalvao
Colaborador do Torcedores

Saiu na calada da noite, de madrugada, como uma criança que quer esconder as notas baixas dos pais e empurra o boletim por baixo da porta quando eles já estão dormindo. Um vermelho sem fim. Um vermelho de vergonha.

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O leitor sabe que estou me referindo ao balanço do Corinthians em 2020. Um déficit de R$ 123,3 milhões e uma dívida de quase um bilhão de reais (R$ 982,8 milhões). O clube inteirou quatro anos na cor de quem deve. E no caso, deve sem vergonha. Do tipo, “devo, não nego e pago como puder.”

Uma conta que começou com Roberto de Andrade, presidente na ocasião e hoje diretor de futebol. Mas convenhamos, era de apenas R$ 35,1 milhões. Aí, em fevereiro de 2018, entrou Andrés Sanchez, que certamente deve dirigir os negócios da família melhor do que agiu no Corinthians. Não é possível ser pior.

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No mundo maravilhoso do dirigente, o clube teria um ano azul em 2019 com até RS$ 650 mil de superávit. Se em 2018 baixou para R$ 18,7 milhões, no ano seguinte saltou para incríveis R$ 195,4 milhões.

Na última temporada da gestão, o ex-presidente voltou a prometer um azul de céu de brigadeiro. “Seremos campeões do lucro”, estufava o peito. Vendeu Pedrinho e outros tantos. Arrecadou R$ 190 milhões com esse artifício. E, realmente, reduziu o déficit , mas ainda assim altíssimo. Agora, deveria vir a público para explicar a razão de o Corinthians gastar mais do que arrecadou de novo.

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Explode a dívida do Corinthians

Andrés conseguiu a façanha de aumentar as dívidas em quase 50% (47,7%). Foi assim no triênio 2018/20. Era a bagatela de R$ 469 milhões no primeiro ano, subiu para R$ 665 milhões em 19 e agora quase bate no bilhão.

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Em ano de pandemia, os analistas já previam uma queda acentuada de arrecadação. Mas também pediam apostas no marketing como forma de amenizar a diminuição de exposição. Pois bem, a arrecadação do marketing no ano passado caiu 3%.

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Explode a dívida e quem sofre? O futebol, razão do clube. Não há condições de investimento. O Torcedores.com trouxe a notícia de que Luan custou aos cofres corintianos quase R$ 30 milhões entre pagamento de luvas, comissões e ao Grêmio. Vou postar o link embaixo.

O departamento de marketing atual tenta aumentar a arrecadação do setor com renegociações de contratos, parcerias, um trabalho imenso. Especialistas entendem que sem um retorno na área digital, com produtos e ativações, a crise irá aumentar ainda mais.

O sofrimento do torcedor está longe de acabar. Esperar qualquer contratação de impacto será o mesmo que acreditar em vara de condão. Chegou a vez de cobrar o Cifut. Depende dos acertos nas descobertas de jogadores, dentro ou fora do clube, a realização de uma temporada sem sustos.

E não falo em novas promessas. Aliás, chega de falsas promessas, mas atletas que se encaixem no perfil que o treinador deseja. A situação está grave no campo e com o bolso vazio e sem criatividade não haverá como melhorar, nem como parar de tirar notas vermelhas.

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