De acordo com o jornal La Reppublica, o Ministério Público de Milão enviou, ao Ministério da Justiça, um pedido de extradição e um mandado de prisão internacional para Robinho, caso o jogador saia do Brasil.
O periódico também destaca que a Constituição Federal do país sul-americano não permite a extradição de brasileiros natos (pessoas que nasceram em solo nacional).
Robinho foi condenado, em última instância, a nove anos de prisão por participar de estupro coletivo contra um jovem de origem albanesa, em janeiro de 2013, ao lado de Ricardo Falco, amigo do jogador.
Além da cadeia, o futebolista foi multado a pagar 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil) de indenização à vítima.
O Supremo Tribunal da Itália julgou o futebolista no dia 19 de janeiro e confirmou a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de Milão, tomada no fim de 2020.
Ex Milan, mandato d’arresto internazionale per Robinho: il Brasile non lo estraderà: La Procura di Milano ha inoltrato al Ministero della Giustizia la richiesta di estradizione e il mandato d’arresto internazionale per l’ex attaccante del Milan, Robson… https://t.co/PTu9s6lULh pic.twitter.com/D2UewfPjpb
— sportlive (@sportli26181512) February 15, 2022
Pedido deve ser analisado pelo STJ
A realização do pedido está de acordo com o que previu o advogado criminalista Daniel Bialski.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, ele avaliou que a justiça italiana entraria em contato com o governo brasileiro solicitando a prisão de Robinho.
O pedido agora deve ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que vai tomar uma decisão final.
Bialski também destaca que a pena aplicada pela justiça italiana está dentro do que prevê o Código Penal Brasileiro.
Nesse sentido, o poder judiciário brasileiro deve dar um parecer favorável ao cumprimento da pena em solo brasileiro.
“O STJ deve sim analisar, deve aceitar e determinar que essa pena seja cumprida aqui no Brasil”, declarou o advogado.
Relembre o Caso Robinho
O crime foi cometido no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Café, em Milão. Na época, ele era um dos principais nomes do Milan.
Conforme denúncia da Procuradoria de Milão, Robinho participou da violência sexual ao lado de outros quatro brasileiros contra uma mulher de origem albanesa.

