No último domingo (19), o Flamengo perdeu para o Atlético-MG e segue sem embalar no Brasileirão. Com apenas 15 pontos em 13 jogos, o clube está apenas um ponto na frente do Goiás, primeiro time da zona do rebaixamento. Mais uma vez, o Rubro-Negro teve uma atuação muito abaixo do esperado e praticamente não criou perigo para o Galo, que venceu sem fazer esforço.
Em sua coluna no UOL Esporte, o jornalista André Rocha comentou sobre a partida, exaltado os pontos fortes do Atlético e destacando a fragilidade do adversário carioca.
“O Atlético entrou mais concentrado, intenso e conectado com a massa no Mineirão. Mesmo sem ser um primor técnico e tático, foi o suficiente para construir com naturalidade os 2 a 0. Sem gols de Hulk, em má fase técnica, mas com Nacho Fernández e Ademir decidindo, um gol em cada tempo”.
“Vitória justa de um time forte pelas laterais, com Guilherme Arana e Keno pela esquerda, Vargas e Nacho alternando à direita com o apoio de Mariano. Muitas vezes fazendo duplas contra os laterais rubro-negros Matheuzinho e Ayrton Lucas, sacrificados pelo auxílio insuficiente de Everton Ribeiro e Vitinho”, opinou o jornalista.
Em seguida, André Rocha ressaltou a falta de competitividade do Flamengo, o que facilitou a partida para o clube mineiro.
“Sem Bruno Henrique e com Gabigol longe do ataque para gerar preocupação com a profundidade, a última linha atleticana avançava e o adversário com a bola sempre tinha a pressão de um homem do time da casa. Sem reciprocidade do oponente, que dava liberdade até excessiva. A troca de Jair, que fraturou um dedo da mão, por Otávio fez o meio-campo perder volume. Já as entradas de Ademir e Rubens nas vagas de Vargas e Keno reoxigenaram as pontas.”
Rivalidade entre Flamengo e Atlético-MG
Em outro momento, André Rocha destacou que o Galo não vive um bom momento. A equipe vinha de quatro jogos sem vitória. Até enfrentar a equipe carioca que, para ele, hoje, é um dos times menos competitivos e por isso é um adversário bom para se recuperar.
“Veio o adversário perfeito, em casa. Não porque o Flamengo seja o time mais fraco da competição por pontos corridos, embora pareça o que menos compete. Mas pela enorme rivalidade interestadual que gerou uma mobilização que ocorreu poucas vezes em 2022. Até pelos dois jogos emendados, incluindo a ida das oitavas da Copa do Brasil.”
Por fim, o jornalista projeta a partida entre as duas equipes na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. Segundo ele, se o Flamengo não jogar mais, pode tomar uma goleada e praticamente ser eliminado já no primeiro jogo.
“Se o Flamengo não se reinventar em três dias, o confronto pode ser definido em Belo Horizonte. O Galo seguirá mobilizado para enfrentar uma camisa que carrega história, até conta com nomes importantes, mas o “recheio” é sem alma. E parece improvável que o cenário mude tanto em tão pouco tempo”, finaliza.
