O presidente de operações do Boston Celtics, Brad Stevens, já faz planos para reforçar “com cuidado” a franquia para a próxima temporada da NBA. A derrota por 4 a 2 para o Golden State Warriors escancarou problemas de rotação no elenco, mas o cartola, que foi técnico da equipe por muitos anos antes de chegar à gestão, sabe que mexer demais no elenco pode causar problemas de vestiário.
“É uma linha tênue e os times são muito frágeis. Quando você encontra a identidade de uma equipe, e acho que nós conseguimos isso nesta temporada, as coisas são muito frágeis”, disse em entrevista à agência AP, reproduzida no site da NA, filosofando sobre o risco de inserir novas figuras no elenco. “Adicionar jogadores não significa que você está jogando coisas fora com o elenco”, completou.
Stevens lembrou que o Celtics conseguiu reverter um péssimo começo de temporada regular para chegar ao título da Conferência Leste, mas que esse esforço custou caro na hora do confronto físico contra o Warriors. “Quando você tem que lutar para chegar aos playoffs, acaba jogando sem margem para erro”, disse.
O dirigente admitiu que gostaria de encontrar um protagonista para dividir a responsabilidade com as principais estrelas do Celtics, como Jayson Tatum, Jaylen Brown e Marcus Smart, mas que isso deve acontecer com “recursos limitados”, ou seja, mantendo o time dentro do teto salarial sem precisar pagar a “luxury tax”, quando a franquia gasta além do teto para formar seu elenco.
No draft, o Celtics só terá uma escolha nas duas primeiras rodadas, a de número 53, devido a trocas anteriores. “O negócio é ser prudente”, avaliou. E admitiu que ainda está aprendendo a ser cartola, depois de muito tempo dentro e ao lado da quadra. “Tem muita gente boa ao meu redor, e sinto que ainda tenho muito a aprender neste papel”, concluiu.
