Home Futebol Reforço do Atlético-MG, Pavón terá punição analisada pela Conmebol em poucos dias

Reforço do Atlético-MG, Pavón terá punição analisada pela Conmebol em poucos dias

Em entrevista, advogado do jogador pede a justiça a extinção da pena

Bruno Marques
O esporte me move, inspira e motiva para ser uma pessoa melhor a cada dia.

De antemão, podemos destacar a comemoração da contratação do atacante Cristian Pavón. Já que, o clube o queria a muito tempo.

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Mas, a sua chegada veio com uma dor de cabeça: Uma suspensão da Conmebol de 6 jogos em competições da entidade.

Isso porque, o jogador esteve envolvido na confusão pelo Boca Juniors, justamente contra o Galo, pelas oitavas de final da Libertadores de 2021.

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Nessa ocasião, o clube argentino perdeu nos pênaltis para o Atlético-MG.

Assim, com essa suspensão ativa, o jogador não poderá reforçar o Galo nas quartas de final da competição.

Ontem, o Palmeiras se classificou e será o adversário do clube mineiro na Libertadores.

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Por outro lado, no Brasileirão, o clube poderá contar com o atleta após a entrada do nome dele no BID, que deve acontecer na abertura da janela de transferências, no dia 18 de julho.

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Advogados de Pavón entram com recurso na Conmebol

Antes de tudo, na última segunda-feira, os advogados de Pavón entraram como um recurso na Comissão Disciplinar da Conmebol, solicitando a extinção da punição ao atleta.

Logo depois, em contato com o Tribunal da Conmebol, o “Globo Esporte” confirmou que o órgão recebeu a petição e analisára em breve a situação.  

O Atlético-MG, o maior interessado, vem acompanhando de perto a situação.

Em entrevista para o mesmo veículo, um dos advogados do atleta e falou sobre a situação.

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Segundo Gustavo Nogueira Mendes, advogado brasileiro do atleta, o Boca Juniors não o escreveu na Libertadores por “vingança” pelo jogador não ter renovado com o clube.

Além disso, a corte contará com a ajuda das provas e argumentos reunidos.

Confira abaixo a entrevista de Gustavo Nogueira, advogado do jogador

Contexto da petição de pena

“O Pavón foi punido em seis jogos, assim como outros jogadores e membros da comissão do Boca Juniors, com diferentes punições, por conta daquela confusão no Mineirão. O Boca Juniors teve o recurso, na época, negado. E o jogador tinha contrato a acabar. O clube sabia que o Pavón não iria renovar. Então, como forma de punição, não o inscreveu na Libertadores. Isso está evidente. Tanto que o jogador era titular em 2021 e, nesta temporada, foi afastado da equipe, não fez nenhuma partida”.

Os argumentos

“As premissas que utilizamos para solicitar o fim da punição a Pavón estão debruçadas nos princípios da Justiça e Equidade. O que quero dizer: o jogador deliberadamente foi impedido de cumprir a pena dos seis jogos pelo clube, ao não ser inscrito na Libertadores. Enquanto todos os outros punidos pela Conmebol foram inscritos e estavam aptos para os jogos das oitavas de final contra o Corinthians. O Boca Juniors poderia inscrever 50 jogadores na fase de grupos, e inscreveu apenas 45 jogadores. Ele foi encostado do elenco, inclusive impedido de exercer a sua função laboral. O que já poderia ter sido utilizado pelo mesmo, mediante regras da própria Fifa, para solicitar a rescisão unilateral a antecipada do contrato com o Boca”.

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Dupla sanção

Outro ponto importante no direito é o princípio da “Primazia da Realidade sobre a forma”, amplamente utilizado no direito trabalhista. O que quer dizer? A realidade dos fatos precisa ser levada em consideração em relação a acordos ou documentos. A realidade dos fatos é que o Pavón já ficou fora de não seis jogos da Libertadores, mas de oito partidas, considerando a fase das oitavas de final. E corre o sério risco de ter a pena ampliada para 14 partidas, caso não haja reconsideração da Conmebol”

Ineditismo de pena

“Há artigos da própria Conmebol que citam casos especiais sendo avaliados sob a ótica dos códigos disciplinares da Fifa. Não há um caso como esse na história do futebol. Mas estamos confiantes e na certeza do procedimento jurídico utilizado. Estamos pedindo que haja o entendimento do cumprimento da pena a Pavón. Ou, alternativamente, que haja a conversão da pena para cumprimento de atividades sociais ligadas ao futebol. Em terceiro caso, que a Conmebol decida por “congelar” uma parte da pena. Por exemplo: que reduza de seis para três jogos, e que os outros três jogos fiquem na geladeira por um período de tempo determinado”.

Situação judicial complexa

A Conmebol nunca realizou esse tipo de solicitação, assim, o processo todo é uma incógnita.

Porém, existe a esperança da entidade dar voto favorável a petição.

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Mas, se a Comissão não aceitar o pedido feito pelos advogados do atleta, o jogador poderá recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça.

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