Apesar do temperamento considerado “explosivo” na beira do gramado, ele afirma que passou mais tempo trabalhando do que a média de treinadores no Brasil, que é de quatro meses.
Também diz que pertence ao modelo de técnico “sanguíneo” (e não passivo).
Elogia treinadores de estilos semelhantes ao seu, como Fernando Diniz, mas pondera que o atual comandante do Fluminense só não é tão visado quanto ele por ser “queridinho da imprensa”.
[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiJBSTVBMXNEWCIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]
Ele é Roberto Fernandes, técnico e torcedor declarado do Náutico, que desde 1997 trabalhou em mais de 30 equipes do futebol brasileiro e conquistou seis títulos estaduais: com o Brasiliense em 2007, o Remo em 2014, América-RN em 2012 e 2015, e o Náutico em 2018 e 2022.
Após o segundo título com o Náutico na atual temporada, Fernandes se tornou o quarto treinador com mais de um troféu estadual pelo time pernambucano, assim como Muricy Ramalho, que também conquistou duas vezes seguidas (2001 e 2002).
O comandante do Timbu na Série B deu entrevista ao Podcast “Embolada”, do “GE.Globo”, apresentado por Rembrandt Junior e Cabral Neto, e que semanalmente aborda informações de Náutico, Santa Cruz e Sport, além de analisar os bastidores dos clubes e realizar análises das partidas.
“Tem treinadores que têm predisposição da imprensa. Um dos treinadores que é queridinho da imprensa, e é fato, é o Fernando Diniz, que é um baita treinador. Mas se você assistir a um jogo do Fernando Diniz, ele manda o jogador tomar naquele canto. E ninguém fala dele. Diniz não tem os títulos que eu tenho e só trabalha em time bom, time de Série A”, declarou Roberto Fernandes ao “Embolada”. E acrescentou:
“Existem vários modelos. Tem treinadores passivos e sanguíneos, como eu sou, mas não me vejo mais reclamão e ativo do que Hélio dos Anjos, Jorge Jesus ou Fernando Diniz (…) Esse meu lado sanguíneo à beira do campo, mascara, encobre e, deixando de lado a falsa modéstia, o baita treinador que eu sou”.
Fernando Diniz, atual técnico do Fluminense, foi bicampeão da Copa Paulista, em 2009 no comando do Votoraty e no ano seguinte com o Paulista. Também ganhou a Série A3 do Paulistão pelo Votoraty. Foi eleito o melhor treinador do Paulistão de 2016 quando trabalhou no vice-campeão Audax e do Campeonato Carioca de 2019 também dirigindo o Tricolor carioca.
“Críticas ao meu comportamento é uma coisa que se bate muito aqui. Mas se eu pegar a maioria dos trabalhos que eu tive, fiquei mais do que a média de treinadores no Brasil, que é de quatro meses”, defende-se Roberto Fernandes.
“Mas sabe o que me satisfaz? É pegar um atleta como Victor Ferraz e ele me perguntar o motivo de eu estar fora de uma Série A. Mas a gente toca a vida. Estou ficando velhinho demais para esquentar com isso”, sentencia o técnico.
Ex-lateral-direito do Santos, clube onde atuou entre 2014 e 2019, Victor Ferraz é atualmente meia na equipe treinada por Roberto Fernandes.
O Náutico vem de vitória pelo placar de 3 x 1 diante do Novorizontino, em partida disputada no estádio Dos Aflitos, em Recife, no último sábado (2), válida pela 16ª rodada do Brasileirão Série B.
Com 37,5% de aproveitamento, o time alvirrubro ocupa o 16º lugar na tabela somando 18 pontos, apenas um acima do CSA, que abre a zona de rebaixamento na 17ª colocação.
O Timbu volta a campo nesta sexta (8) contra o Grêmio, às 21h30, na arena gremista em Porto Alegre, em jogo que compõe a 17ª rodada da Série B.
Flamengo quer Walace e Edmilson Jr, Pet fora da Globo, técnico demitido, Renato Gaúcho em novo time: as notícias do futebol hoje – https://t.co/bopUX7lkvY
— Torcedores.com (@Torcedorescom) July 7, 2022

