Casagrande venceu na Justiça uma ação contra o Presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-GO, Jovair Arantes, por danos morais.
De acordo com a decisão da 3ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, da última quarta-feira, o dirigente deve indenizar o ex-jogador em R$ 10 mil por associar Casagrande ao uso de drogas durante uma entrevista.
Casagrande criticou o clube em 2021 por seus jogadores e delegação terem recebido a vacina contra a Covid-19 pela organizadora da Copa Sul-Americana, no Paraguai, antes da população brasileira.
“Se perguntassem se buscar cocaína do Paraguai era bom, ele (Casagrande) falaria que é, porque ele é viciado em droga e não está acostumado com preparo físico, com respeitar vidas, como preservar vidas”, afirmou Arantes a um programa de rádio, segundo a decisão.
O desembargador João Pazine Neto, responsável pela decisão, defendeu que: “O Autor (Casagrande) ao formular comentário a respeito dos fatos, em nenhum momento excedeu os limites de crítica à conduta do time de futebol indicado, ao contrário do Réu”.
“A resposta do Réu objetivou atingir a pessoa do Autor, enquanto pessoa, pois teceu considerações a respeito de seus atributos pessoais, em evidente excesso do direito de resposta, de modo que não se pode falar em legítima defesa”, completou o relator.
Relembre a fala de Casagrande
“Desde o começo da pandemia, os dirigentes do futebol brasileiro só pensaram neles, no jogo e no dinheiro. Num país como o nosso já morreram mais de 400 mil pessoas porque o Governo Federal não comprou vacinas e pessoas continuam morrendo por falta de vacinas. Eu acho um absurdo, uma falta de respeito e de empatia um clube brasileiro aceitar ser vacinado pela Conmebol para continuar o campeonato”, disse Casão.

