O técnico argentino Mauricio Pochettino concedeu uma entrevista ao site Infobae, admitindo o fracasso de sua passagem pelo Paris Saint-Germain.
Ele abordou vários assuntos durante a conversa que teve com os jornalistas do portal. Entre os tópicos, estava a obsessão do clube francês em ganhar a UEFA Champions League.
Na opinião do treinador, esse é um fator que prejudica bastante o ambiente do PSG e causa influências no rendimento do atletas:
“Temos que entender que o projeto do PSG, à medida que avança, a paciência é cada vez menor, a demanda é maior, mas as circunstâncias são as que são. Dominar o Campeonato Francês ou as competições domésticas significa que o torcedor não dá a importância que merece. Este ano conquistamos o décimo título, igualamos com o Saint Étienne, as duas equipes que mais conquistaram títulos no Campeonato Francês. Não estamos falando de cinquenta. Estamos falando de apenas dez títulos. Também não há tanta emoção em ganhar. Tudo está focado na Liga dos Campeões e, às vezes, isso distrai um pouco e essa exigência parece existir apenas na prévia da Liga dos Campeões. Nas outras competições, parece que a superioridade que o PSG mostrou que tem nos últimos dez anos, é como se não fosse necessário exigir muito. Nem externamente e, às vezes, nem internamente é fácil conseguir essa motivação.”
Pochettino admite fracasso sob o comando do PSG
O técnico argentino também falou de sua passagem no clube francês:
“Acho que (o balanço da passagem pelo PSG) foi muito positivo. As experiências devem sempre ser capitalizadas e aprender com elas. Ganhamos a Copa da França, a Supercopa e a Liga em um ano e meio, mas é claro que o projeto do PSG é ganhar a Liga dos Campeões e tudo o que não é ganhar a Liga dos Campeões sempre pode ser considerado um fracasso. De qualquer forma, é um fracasso de cinquenta anos, não só da última temporada, porque o PSG, principalmente nos últimos dez, onze anos, com a chegada dos novos donos, tem o objetivo de ganhar a Liga dos Campeões. Acho que vai conseguir porque os recursos estão lá, mas, às vezes, no futebol, não é o que se pensa que pode ser, mas sim há fatores que não podem ser controlados.”
