Home DESTAQUE Edina Alves volta a ser escalada para apitar no Brasileirão Série A após “geladeira”

Edina Alves volta a ser escalada para apitar no Brasileirão Série A após “geladeira”

Para especialistas, árbitra pode ter ficado de fora da Copa do Mundo por punição desproporcional por causa de erros

Fernando Cesarotti
Jornalista.

A árbitra Edina Alves Batista voltou no último sábado a apitar um jogo de Brasileirão Série A: comandou a partida em que o América-MG venceu o Juventude por 1 a 0. Até então, neste ano, ela tinha estado em campo apenas em seis partidas pela Série B e, no feminino, em só uma partida, a final da Supercopa do Brasil, em que o Corinthians venceu o Grêmio por 1 a 0, na Neo Química Arena.

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Embora a CBF não tenha se prenunciado oficialmente, o afastamento de Edina foi uma espécie de gancho por causa de erros cometidos no jogo entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, em 20. Ela teria deixado de marcar dois pênaltis a favor do Peixe, que perdeu o jogo por 3 a 0.

Antes dessa partida, também no Paulistão, Edina teria esquecido de mostrar o cartão vermelho após o segundo amarelo a um jogador da Inter de Limeira num jogo contra o Red Bull Bragantino. Ela só voltaria a atuar em mais um jogo pelo Estadual e depois um duas partidas da Série A2 Paulista, a última delas em 26 de março.

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Assim, Edina ficou “de molho” nos últimos meses, atuando apenas em jogos de pouca menor visibilidade. E com isso, de acordo com especialistas em arbitragem, teria perdido a chance de apitar na Copa do Mundo 2022, que começa em novembro, no Catar, ao lado de sua companheira de trio Neusa Ines Back – a primeira mulher a ser enviada a uma Copa do Mundo masculina.

Brasil terá sete árbitros na Copa do Mundo 2022, nenhum no VAR

O Brasil terá sete árbitros: dois principais, o paulista Raphael Claus e o goiano Wilton Pereria Sampaio, além dos auxiliar Bruno Pires, Bruno Boschilia, Danilo Manis, Neuza Ines Back e Rodrigo Figueiredo. O anúncio foi feito pela Fifa em maio. Todos os brasileiros trabalharão em campo, nenhum deles no VAR.

A crítica maior à CBF pela “geladeira” em Edina Alves é o fato de a punição ter soado desproporcional em relação às punições aos erros cometidos por árbitros homens.

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No ano passado, Edna já havia sido punida por um erro num jogo entre Novorizontino e São Paulo, quando deixou de marcar um pênalti para o Tricolor em cima de Luciano – erro que não foi corrigido pelo VAR. Meses depois, ela admitiu que teve crises de depressão por causa da falha e da decorrente punição.

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Também em 2021 o currículo de Edina em competições de elite da CBF já havia sido escasso: foram sete jogos da Série A, o último deles em 9 de outubro, empate entre Fluminense e Atlético-MG, no Maracanã, pela 25ª rodada, além de seis partidas da Série B, e outras seis pela Série B. Sua última escala foi em 28 de outubro, na vitória do Brasil sobre o Náutico por 3 a 2, em Pelotas.

Edina tem 42 anos e aparece no site da CBF como professora de Educação Física. Mora em Jundiaí, no interior paulista. Faz parte do quadro nacional de árbitros desde 2007 e foi a primeira mulher a apitar um jogo de Libertadores masculina, no ano passado, entre Defensa Y Justicia e Independiente Del Valle, na Argentina. Neuza Back foi uma das assistentes neste

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