A Portuguesa anunciou nesta terça-feira ter antecipado cerca de R$ 4 milhões em processos trabalhistas, após acordos com credores. As informações são do colunista Danilo Lavieri, do UOL Esporte.
Campeã da Série A-2 do Paulista, a Portuguesa volta à elite do Estadual em 2023 e realiza um processo de saneamento das contas à espera de montar sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e, assim, atrair o interesse de investidores.
Pelo modelo jurídico em vigor, a SAF não assume dívidas antigas do clube, mas parte do seu aporte financeiro e do faturamento obtido com a gestão do futebol, a partir de negociações de patrocínio e de direitos de TV, deve ser destinado à associação para a quitação desses débitos.
A dívida estimada da Portuguesa hoje é de R$ 450 milhões. A diretoria dividiu essas pendências em blocos, de acordo com o valor das ações. “Os tratados promovidos em nossa gestão resgatam a credibilidade da Lusa e dão confiança para atrairmos investidores para a SAF. Acreditamos que este será o melhor modelo trabalhista do futebol brasileiro”, defendeu p presidente do clube, Antonio Castanheira.
A advogada Tatiana Morgado, que representa a Lusa nesses acordos, diz que em setembro haverá uma nova rodada de tentativas de conciliação com credores do processos trabalhistas. Essas dívidas envolvem não só ex-jogadores, mas também membros de comissões técnicas e outros funcionários e prestadores de serviços.
Dentro de campo, a Portuguesa segue tentando voltar a dias mais gloriosos. O time está fora da elite do Brasileirão desde 2013, o ano do polêmico rebaixamento selado na Justiça Desportiva com a pera de pontos por causa da escalação indevida do atacante Heverton na última rodada, em jogo contra o Grêmio.
Sem obter vaga para a disputa do Brasileirão Série D, o time disputa a Copa Paulista. No próximo sábado, entra em campo para a partida contra o EC São Bernardo, pelo Grupo C – hoje, a Lusa está em segundo na chave, com 13 pontos, atrás do líder São Caetano, mas na zona de classificação para a segunda fase.

