A seleção brasileira jogou contra Gana, venceu por 3 a 0, mas não convenceu a todos pela forma que jogou e, principalmente, pela maneira que tomou pressão do time adversário no início da partida. E um dos críticos da forma que o Brasil atuou foi Renato Maurício Prado, em sua coluna do ‘Uol Esporte’, que afirmou que o otimismo quanto ao time de Tite é “exagerado”.
“Até compreendo a empolgação de muita gente com o primeiro tempo da seleção brasileira contra Gana, mas não consigo entrar nessa onda de otimismo exagerado. Primeiro porque a qualidade do adversário era sofrível e depois por não crer que Tite ouse tanto quando a bola rolar pra valer, na Copa do Catar. As chegadas de jovens, como Raphinha, Vinícius Jr., Anthony e Rodrygo, aliadas às consolidações de Lucas Paquetá e Richarlison e à forma soberba de Neymar, na atual temporada, ajudaram a seleção a sair da mesmice dos primeiros anos pós Copa da Rússia. Os 45 minutos iniciais em Le Havre são prova disso”, afirmou Renato Maurício Prado, em coluna do ‘Uol Esporte’ desta segunda-feira (26).
A vitória do Brasil em cima da seleção de Gana foi questionada pelo jornalista, que afirmou que as dificuldades impostas pelo adversário dificilmente vão conseguir ser ajustadas contra a Tunísia. Uma situação preocupante para a seleção brasileira, que busca o hexacampeonato nesta edição da Copa do Mundo 2022, do Catar.
“Mas ainda há questões a serem resolvidas que não foram postas à prova contra Gana e dificilmente serão diante da Tunísa (outro adversário fraco). As laterais, por exemplo, são pontos fracos da equipe brasileira. A ponto de se pensar na improvisação de Militão na direita e não se ter um jogador inquestionável na esquerda. Pior: Tite ainda considerar a possibilidade de levar Daniel Alves, autêntico ex-jogador em atividade”, seguiu Renato M. Prado, na coluna publicada nesta segunda-feira.
Renato ainda questionou o futebol de alguns veteranos da seleção brasileira. O jornalista afirmou que teme por jogadores como Casemiro e Thiago Silva.
“Temo também por dois outros veteranos que já não demonstram o vigor e o futebol de outros tempos: Thiago Silva e Casemiro. Exatamente por isso não creio que o professor Adenor vá abrir mão de um segundo volante marcador – seja ele Fred, Bruno Guimarães ou Fabinho”, seguiu. “E aí, Paquetá, que supostamente foi escalado nessa função (mas, na verdade, jogou bem avançado, como meia), acabará ocupando uma das posições mais à frente, inviabilizando a formação super ofensiva do primeiro tempo contra Gana”, afirmou o jornalista sobre a seleção brasileira, que enfrenta a Tunísia nesta terça-feira (27).
O jornalista ainda chegou a falar sobre a atuação de Neymar na seleção brasileira. Além de avaliar o ataque da equipe, que deve ter algumas incertezas para Tite.
“Quem carimbou a vaga na Copa e, muito possivelmente, a posição de titular foi Richarlison. O que diminui as chances de Neymar atuar como falso nove e deve tirar um dos jovens extremas da equipe principal. Entre Raphinha, Anthony, Vini Jr e Rodrygo apenas um deverá ser mantido. Com Paquetá revezando-se com Neymar por uma das extremas. Assim, Vini Jr. é o mais ameaçado”, afirmou Renato Maurício Prado, sobre o ataque da seleção brasileira. “Sabe-se lá o porquê, Tite preferiu colocar Matheus Cunha, no segundo tempo, em vez de Pedro, a quem tanto tem elogiado. O mínimo que se espera é que o centroavante do Flamengo seja titular diante da Tunísia. A conferir”, completou.

