O Cruzeiro ainda tem um compromisso financeiro que deve gerar grandes desafios para o clube mineiro. Trata-se dos mais de R$ 3,5 milhões, valor esse referente ao ano de 2020, mas que atualmente, devido aos juros, já está em mais de R$ 18 milhões, que devem ser pagos ao Pyramids, do Egito.
Esses números são referentes à dívida da compra de Rodriguinho. Recentemente, a Fifa divulgou a decisão, que foi feita no mês de maio, e que o Cabuloso contestou ao Tribunal Arbitral do Esporte.
A decisão aconteceu no dia 3 do mês de maio deste ano de 2022. Nela, a Câmara de Status aceitou parcialmente os pedidos do clube egípcio.
Ficou definido a condenação do Cruzeiro em 3 milhões de dólares mais 5% de juros ao ano, contando a partir de 11 de janeiro de 2022 até o dia do pagamento. Além disso, mais 300 mil dólares de multa foram adcionados.
Se não realizar o pagamento ao Pyramids em até 45 dias, que é quando chega a ordem de pagamento, o time mineiro estará sujeito ao impedimento do registro de jogadores por até três janelas de transferência. Essa é a duração máxima da proibição.
Veja detalhes do contrato entre Cruzeiro e Pyramids
O acordo entre o clube egípcio e a Raposa aconteceu em 16 de janeiro. Nele, o time celeste firmou compromisso de pagar 7 milhões de dólares por Rodriguinho. O pagamento ocorreria da seguinte forma:
- 1 milhão de dólares após a aprovação dos exames médicos
- 500 mil dólares em novembro de 2019
- 500 mil dólares em fevereiro de 2020
- 1 milhão de dólares em maio de 2020
- 500 mil dólares em agosto de 2020
- 500 mil dólares em novembro de 2020
- 3 milhões de dólares até10 de janeiro de 2022
O contrato estabelecia ainda uma multa de até 10% sobre o valor integral, caso houvesse inadimplência. A cláusula 2.9 do contrato diz:
“o atraso de 2 (dois) ou mais parcelas previstas na cláusula 2.1, implicará a expiração antecipada das demais, autorizando o Pyramids a promover a execução do valor total do contrato, acrescido de multa de 10% sobre o total.”
A reclamação do Pyramids
Em 24 de abril de 2020, o clube egípcio acionou a Fifa, cobrando o pagamento de 3 milhões de dólares, que seria referente às parcelas 2 a seis da venda de Rodriguinho.
O Pyramids ainda exigiu mais 5% de juros ao ano, além de aplicação de 10% de multa em cada parcela que fosse atrasada mais 6% ao ano de juros de mora.
