Recém unido a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), Bahia deseja apresentar mudanças que podem revolucionar o esporte no Brasil. De acordo com o site ge.globo, um dos pontos mais abordados por Guilherme Bellintani, presidente tricolor, é a grande confusão do calendário do futebol nacional.
Ao site, Bellintani afirmou querer que o Campeonato Brasileiro dure mais tempo que o usual. Atualmente, o Brasileirão ocorre em um curto espaço de sete a oito meses, começando em meados de abril e terminando no início de dezembro.
Bellintani fala sobre o espaço em branco que ocorre entre o término e começo das edições, atacando de forma indireta os campeonatos estaduais. “Entre as grandes ligas do mundo, nenhuma tem tanto tempo entre o final de uma edição e o início da seguinte. Isso existe para acomodar outros torneios, que não são prioridade”, afirmou o presidente tricolor.
O mandatário tricolor reafirma que o carro-chefe do futebol nacional é o Brasileirão e sugere que a mudança possa ocorrer dentro de dois anos. O nosso principal produto é o Campeonato Brasileiro, e hoje existe uma percepção geral de que ele mal vendido. Não é apenas isso: ele é mal formatado. O produto tem que ser melhor. O calendário não pode mais ser como é hoje depois de 2025″, finalizou.
Para se ter uma ideia, se utilizarmos a Premier League como exemplo, o hiato entre as edições geralmente não é superior a dois meses. Enquanto a edição de 2021–22 do Campeonato Inglês terminou em 22 de maio, a edição de 2022-23 teve início no dia 6 de agosto.
Enquanto isso, o Campeonato Brasileiro Série A 2021 se encerrou no dia 9 de dezembro e a edição do ano seguinte só teve início no dia 10 de abril. O espaço chega a ser duas vezes maior que o existente na liga inglesa.
Mudanças internas na Libra
Mudar o calendário não é a única coisa que o Bahia deseja, o clube também busca alterar a forma com que as decisões são tomadas. Para o presidente tricolor, o fato dos vereditos só serem tomados em caso de unanimidade entre os participantes pode ser prejudicial ao desenvolvimento da liga. “É contraproducente. Pode-se criar algumas regras de maioria qualificada para alguns assuntos, há várias possibilidades. Mas a unanimidade não é o melhor caminho”, afirmou.
De acordo com o ge.globo, esse assunto está sendo discutido por alguns integrantes da liga.
