O Botafogo conquistou uma vitória inicial nos tribunais na última segunda-feira, dia 6, ao conseguir evitar que o atacante Tiquinho Soares fosse punido com uma dura suspensão de até 180 dias por dar uma cabeçada no árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano, no clássico diante o Flamengo, em Brasília.
No entanto, o departamento jurídico do Glorioso ainda terá bastante trabalho pela frente nos próximos dias. Isso porque o clube entende que as punições ainda foram pesadas tanto para o camisa 9 como para o lateral esquerdo Fernando Marçal.
Tiquinho recebeu oito jogos de suspensão e multa de R$ 3 mil, já o defensor ficará de fora de cinco partidas e o mesmo valor a pagar. Ambos já cumpriram um jogo de suspensão automática contra o Resende.
Em entrevista concedida ao “GE”, o gerente jurídico André Alves explica qual é a estratégia da defesa do Botafogo neste caso:
“A defesa do Botafogo entende que, embora bem conduzida, alguns pontos foram excessivos. Então, nós vamos recorrer ao pleno do TJD-RJ.”
E completou, dizendo:
“O artigo de agressão física é um artigo muito gravoso, muito pesado, e por isso deve ser aplicado com ressalvas. O depoimento do árbitro favoreceu, porque ele disse que não houve agressão. Isso tudo auxiliou a defesa. Sem dúvida, as palavras do árbitro e do Tiquinho foram muito importantes para tirar essa carga pesada de 180 dias. Se mantivesse essa penalidade seria muito prejudicial ao Botafogo e ao atleta.”
Perda de mando de campo
Outro ponto que deverá ser discutido pelo jurídico do Glorioso é a perda de mando de campo em dois jogos que sofreu por conta dos objetos arremessados no gramado do estádio Mané Garrincha também no clássico contra o Flamengo.
O regulamento prevê a aplicação da punição cinco dias úteis após o julgamento, com isso, o clube só cumpriria a pena em eventuais semifinal e final do Campeonato Carioca.

