Uma das estrelas do Palmeiras no último título do Brasileirão, Scarpa passava por momento turbulento fora de campo na reta final da competição. Conforme revelado pelo Fantástico do último domingo (12), no dia do jogo que consolidou o título do Brasileirão, o meia recebeu apenas R$ 1,2 mil dos cerca de R$ 6,3 milhões investidos em empresa de criptomoedas indicada por Willian Bigode, ex-companheiro de Palmeiras. Scarpa registrou um Boletim de Ocorrência no dia seguinte ao jogo.
O jogador começou a tentar reaver seu investimento em agosto de 2022, quase dois anos após investir um bom valor na Xland, empresa que é acusada de golpe por Gustavo Scarpa. O meia tentou sacar de volta a quantia milionária investida, mas após diversas “desculpas”, recebeu apenas R$ 1,2 mil em sua conta, muito abaixo dos milhões investidos.
“Quando chega na minha conta R$ 1,2 mil, eu falei: “Eles estão de sacanagem com a minha cara. Não é possível”. Eu tendo final de campeonato hoje, completamente desconcentrado”, afirma o jogador em áudio divulgado na reportagem do Fantástico.
O depósito irrisório caiu na conta de Scarpa no dia 2 de novembro de 2022, data que o Palmeiras foi a campo para enfrentar o Fortaleza na partida que confirmaria o título do Brasileirão. O Verdão venceu por 4 a 0, com o meia proporcionando uma assistência. No dia seguinte, 3 de novembro, Gustavo Scarpa registrou um B.O. contra a Xland Holding Ltda e a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, esta última que tem Willian Bigode como sócio.
Suposto golpe teria vitimado Scarpa, Mayke, Willian e Weverton, companheiros de Palmeiras
De acordo com a reportagem do Fantástico, o meia seria uma das vítimas de um possível caso de estelionato. Além de Scarpa, que atualmente está no Nottingham Forest, da Inglaterra, o lateral Mayke teria perdido cerca de R$ 4 milhões com um investimento em criptomoedas que não teve retorno. Já Willian Bigode declarou que também é vítima da empresa e teve um prejuízo ainda mais do que os outros dois, perdendo cerca de R$ 17,5 milhões. Weverton não fez declarações e não teve valores divulgados.
O caso que envolve o grupo que conquistou diversos títulos pelo Verdão não é o único da Xland. Em 2020, o Ministério Público do Acre deu início a uma investigação contra a empresa, que é acusada em três processos por um calote de R$ 2 milhões em investidores.

