Depois da breve passagem de Vítor Pereira no comando do Flamengo, o clube acertou recentemente a contratação do argentino Jorge Sampaoli como substituto. Para o recém-aposentado e atualmente comentarista Diego Ribas, é fácil trabalhar com os jogadores rubro-negros, mas a cobrança para fazer o time atuar bem é o que complica a vida dos treinadores que por lá passam.
Em participação no Charla Podcast, nesta segunda-feira (24), o ex-jogador falou sobre o elenco do time carioca, que em determinadas situações é colocado como “mimado” e sem “fome” por títulos.
“(É difícil treinar o elenco do Flamengo?) Nunca. Pelo contrário, é fácil. Em termos de caráter e pessoas, fácil. Difícil é porque você vai chegar lá e tua cobrança vai ser ‘Você tem o melhor elenco, então tem que dar resultado’. Isso é difícil. Todo mundo fica falando ‘Até minha vó treinava esse time e dava resultado’. (…) Aí começa a desmerecer o trabalho do treinador”, apontou o agora comentarista de futebol na televisão.
Diego ainda elogiou o o comportamento do atual treinador rubro-negro Jorge Sampaoli.
“O que eu já gosto do Jorge Sampaoli é a maneira dele enérgica fora do gramado. Eu me identifico com isso. Respeito outros jeitos também, mas gosto de treinador que vive ali. Eu trabalhei com Simeone, Jorge Jesus. Eles possuem esse estilo também. Eu gosto disso. Transmite para os jogadores uma energia, uma paixão”, disse o ex-atleta e agora comunicador da Rede Globo.
“Na questão estratégica, gosto do futebol ofensivo e agressivo do Sampaoli. Além de ser posicional, ou seja, ele quer gerar superioridade nos setores do campo, mas sempre com alternativas. Vimos na Libertadores (Ñublense) o Ayrton bem aberto, Marinho também. Isso espaça a linha adversária”, prosseguiu.
Como seria a volta de Jorge Jesus ao Flamengo
Além de revelar suas impressões sobre o trabalho de Sampaoli, Diego ainda foi questionado sobre uma possível volta de Jorge Jesus ao Flamengo no futuro.
Para o comentarista, o português teria sucesso, mas a segunda passagem pelo Rubro-Negro seria mais complicada que a primeira em 2019, quando o time foi campeão Brasileiro e da Libertadores.
“Eu acho que tem tudo pra dar certo. Mas a volta dele seria mais difícil que da primeira vez. A expectativa seria altíssima, ele teve mais títulos do que derrotas na passagem dele pelo Flamengo. Ia ser mais difícil”, disse Diego.
