O ex-jogador Denílson, atualmente comentarista da Band, teve uma boa carreira como jogador. Surgiu como uma grande promessa no São Paulo, sendo vendido ao Betis-ESP, em 1998, por 32 milhões de dólares, como a maior negociação da história do futebol na época.
Em 2002, ainda atuando pelo Betis, fez parte do grupo que foi pentacampeão do Mundo pela seleção, comandado por Luiz Felipe Scolari.
Depois, já em fim de carreira, jogou em 2008 no Palmeiras, após se recuperar de lesão no Verdão. Na época, foi uma contratação que gerou barulho, já que, além de se tratar de um campeão do Mundo, era um jogador revelado pelo rival.
Na ocasião, Denílson disse que tinha sido rejeitado pelo clube do Morumbi. Desde então, o ex-jogador adquiriu um carinho pelo Palmeiras, na qual leva até hoje.
Em entrevista ao podcast “Benja Me Mucho”, apresentado por Benja, Denílson contou como foi essa ida ao Alviverde. Ele relembra, principalmente, uma chateação com parte da imprensa que o tratou como um ex-jogador.
“Quando eu assinei com o Palmeiras, teve alguns jornalistas conceituados – e a opinião de alguns jornalistas conceituados tem peso. Então, eu me apresento no Palmeiras e vou para casa. Estou lá almoçando, ligo a TV, o assunto daquele dia era a minha apresentação. De repente um jornalista fala: ‘Palmeiras contratou um ex-jogador’. Fiquei p…!, não me sentia um ex-jogador, tanto que aceitei um contrato de produtividade”, relembrou Denílson.
Mágoa com o São Paulo
Em seguida, Denílson falou se ficou com alguma mágoa do São Paulo na época. Ele disse que na época sim, mas que já passou.
“Já tive mágoa com o São Paulo, agora não tenho mais. Mas já tive bastante. A minha mágoa era inicialmente com o clube, depois de muitos anos eu fui entender que eram algumas pessoas.”
O ex-jogador contou o que ele esperava do clube.
“O São Paulo não tinha obrigação de me contratar, mas tinha obrigação de pelo menos respeitar a história que eu construí lá. E eles passaram por cima disso. Eles não deixaram eu usar as instalações do clube, isso é gravíssimo na minha opinião.”
“No mínimo o presidente ou alguém do São Paulo quando ficasse sabendo, tinha que pegar o telefone e falar: ‘pô, o Denílson é nosso, ele entrou aqui tinha 12 anos, deixa o menino usar as instalações’. Eu saí de Diadema com 12 anos para morar no Morumbi, dividi quarto com 40 moleques”, contou.
Denílson não queria ir para o Palmeiras
Por fim, Denílson conta que não foi para o Palmeiras por “vingança”. Pelo contrário, de início, ele não quis ir por respeito ao rival.
“Não fui para o Palmeiras por raiva ao São Paulo, pelo contrário, não queria. Quando me ligaram do Palmeiras eu falei: ‘vou fazer o que no Palmeiras? Tá louco, maior rival do São Paulo’. Então, me responderam: ‘você está pensando no São Paulo ainda? Olha o que eles fizeram com você’. No dia seguinte eu tava no Palmeiras.”
“Chego no Palmeiras, me trataram com tapete verde. Me trataram com muito respeito e carinho desde o primeiro dia, parecia que eu tinha jogado lá”, relembrou.

