Lenda da mídia esportiva no Brasil, o narrador e apresentador Galvão Bueno surpreendeu ao revelar que a Globo tinha um projeto de fazê-lo trabalhar ao lado do ex-jogador e comentarista Neto, da Band.
Durante entrevista com o ex-jogador Denilson, em seu canal no YouTube nesta quinta-feira (15), Galvão explicou a situação inusitada.
Segundo o narrador, a ideia da união entre os dois gigantes personagens era de um ex-diretor da Globo.
“A gente fez até planos de trabalhar juntos com o finado Marco Mora, que foi diretor da Globo. Ele queria juntar a gente“, explicou Galvão durante o papo com Denilson.
Apesar de não narrar mais partidas de futebol na Globo, a despedida aconteceu na final da Copa do Mundo do Catar, entre Argentina e França, Galvão admite que gostaria de trabalhar ao lado de Neto algum dia.
“Eu adoro o Neto, ele fala cada bobagem… mas adoro ele. Teria um grande prazer em trabalhar com o Neto“, completou Galvão, que ainda mandou um recado para o apresentador do programa “Os Donos da Bola”, da Band.
“Ô Neto, quando tu for falar de audiência entenda que televisão aberta é uma coisa e YouTube é outra coisa viu”, afirmou Galvão, lembrando do comentário do ex-jogador sobre a audiência do jogo da seleção brasileira transmitido pela emissora Band e pelo canal do Galvão no YouTube.
“Vocês podem botar o Galvão Bueno ou quem quiser que seja pra narrar. Bota o Dalai Lama, ressuscita o Gandhi, o Martin Luther King… não vai ganhar da televisão nunca!. E não é só a Band não, além da Band, o time que tinha…mas vocês não dão moral pra isso. Será que vocês viram os números? Pode botar quem quiser, não ganha da televisão”, disse Neto na época.
Prejuízo na Globo com jogos da seleção brasileira
A seleção brasileira volta a campo neste sábado para enfrentar Guiné, em amistoso que será disputado em Barcelona e que terá a transmissão da TV Globo, que retorna as transmissões do Brasil após a Copa do Mundo do Catar.
No entanto, de acordo com o jornalista Flávio Ricco a emissora carioca terá prejuízo com a transmissão destes jogos, segundo ele, sem relevância ou qualquer significado.
“A Globo, no caso, porque comprou tudo, claro, terá essa obrigação. E o que mais nos parece contraditório é que, para ela, existe forte risco de ser particularmente um mau negócio. Deixará de ter o Brasileiro, que sempre alavanca pontos, e se obrigará a trocá-lo por algo de qualidade duvidosa, com riscos de ser prejudicial aos resultados da sua programação”, escreveu Ricco em sua coluna no R7.com nesta quarta-feira (14).
Segundo ele, os jogos da seleção brasileira, tirando os de Copa do Mundo e Eliminatórias, perderam importância no gosto dos torcedores. Por isso, é certo que será ruim para a Globo em termos de audiência.
“Nada em relevância ou significado. Pior é que nem treinador a nossa seleção tem. Prejuízo certo. Até uma falta de responsabilidade. Não por acaso a decadência e a irrelevância do nosso futebol, que em nada lembra as conquistas do passado e o respeito que já teve”, finalizou o jornalista.

