O protesto de Pedro no banco de reservas da Arena Independência, que resultou na agressão física ao atacante pelo preparador físico Pablo Hernández no sábado (29), simbolizam a insatisfação do centroavante no Flamengo.
Afinal, o atacante perdeu a posição com Jorge Sampaoli e, depois do treinador realizar quatro alterações contra o Atlético-MG, Pedro não voltou para o aquecimento. Desse modo, Sampaoli tinha mais uma alteração para realizar diante do Galo. Foi o que resultou em toda a discussão no vestiário, que teve como consequência os tapas no rosto e o soco na boca de Pedro.
Na manhã de ontem (31), Pedro não compareceu ao treinamento no Ninho do Urubu. Desse modo, seu estafe foi convencido pelo vice de futebol Marcos Braz e pelo executivo Bruno Spindel a retomar as atividades no Flamengo hoje (01). Mas ficou claro que existe uma desavença do atacante com Jorge Sampaoli.
Em manifestação nas suas redes sociais, Pedro revelou estar sofrendo “covardia psicológica” nas últimas semanas, além de se queixar da pouca minutagem em campo. Dessa forma, o colunista do UOL, Rodrigo Mattos, fez uma observação sobre a diferença no tratamento por Sampaoli a Pedro com relação a Gabigol.
Segundo Rodrigo Mattos, Sampaoli implica com Pedro por questões religiosas
Enquanto o técnico poupou o camisa 10, mesmo após desperdiçar um pênalti contra o Grêmio na vitória por 2 a 0 na Arena na semana passada, Sampaoli fez duras cobranças a Pedro. O motivo foi um lance no final do jogo em que o camisa 9 perdeu a chance do terceiro gol, em que poderia ter “matado a série” na Copa do Brasil.
Sampaoli manda recado à torcida do Flamengo após agressão de preparador físico a Pedro
Além disso, o jornalista do UOL mencionou uma outra razão extracampo que ressalta os desentendimentos entre o treinador e o atleta.
“O maior incômodo se deu porque Sampaoli citou que ele era muito religioso e precisava brigar mais pela posição. Evangélico, Pedro tem na religiosidade uma característica forte. Portanto, isso lhe desagradou”, escreveu Rodrigo Mattos, em sua coluna. Ele ainda acrescentou que o atacante era provocado por membros da atual comissão técnica do Flamengo.
