Antigo agente de Neymar, o empresário André Cury concedeu entrevista ao jornal espanhol “As” e falou um ponto mais do seu ponto de vista envolvendo a transação do craque brasileiro do Barcelona para o Paris Saint-Germain, ocorrida em 2017. Na visão dele, os fatos que sucederam a goleada épica do time blaugrano sobre o PSG pelo placar de 6 a 1, na Champions, foram o estopim para a tomada decisão.
Segundo Cury, a repercussão da vitória, com atuação de gala de Neymar foi determinante nos bastidores, uma vez que o brasileiro não queria entrar em atrito com Lionel Messi, que mesmo não sendo o grande protagonista do embate histórico, foi amplamente exaltado pelos noticiários.
“Neymar havia vencido aquele jogo praticamente sozinho e nas primeiras páginas do dia seguinte quem saiu foi Lionel Messi”, disse Cury, figura responsável por negociar o atacante do Santos para o Barcelona, em 2013.
“Ele não queria competir com Leo porque o ama muito, não é algo que estava disposto a fazer no Barcelona”, complementou André Cury.
Ainda no papo, o empresário disse ter aconselhado o Barcelona a fixar uma cláusula com alta multa rescisória, mas o clube blaugrano acabou hesitando e impôs 222 milhões de euros, cifras estas que o PSG não titubeou para desembolsar. Cury afirmou ter sugerido uma multa na casa 1 bilhão de euros, mas foi contrariado.
Ao questionar a diretoria do clube blaugrano o por quê da multa ter ficado muito abaixo do sugerido, ele recebeu de resposta a informação de que a multa mais alta do plantel era de Lionel Messi, fixada na época em 250 milhões de euros.
Neymar e o arrependimento
Por fim, Cury disse que o atacante brasileiro nitidamente deixa claro que se arrependeu da tomada de decisão em rumar ao PSG. Vinculado ao clube parisiense desde julho de 2017, o craque tem contrato até o meio de 2025, quando um cláusula por renovação até 2027. Na temporada passada, Neymar foi alvo de críticas por parte da torcida, e acabou perdendo a reta final da jornada por conta de uma lesão no tornozelo, que o deixou de molho nos últimos seis meses.

