A derrota para o rival pesou bastante na decisão de Bruno Lage e foi vista com surpresa não apenas pela torcida, mas também pela direção do Glorioso.
Em declaração durante a entrevista coletiva, Lage afirmou que “[…] é uma pressão muito grande sobre os jogadores. E isso eu não admito Só há uma forma de liberá-los dessa pressão. Não falei com ninguém, pensei muito e neste momento coloco o meu lugar à disposição do diretor, à disposição do presidente“.
A fala de Lage contrasta com a excelente campanha do Botafogo, que mesmo sendo eliminado da Sul-americana, ostenta uma confortável liderança com 51 pontos, 10 à frente do segundo colocado Grêmio.
Motivos para a decisão de Bruno Lage
Desde que chegou ao Botafogo, Bruno Lage afirma sentir uma grande pressão e alega se sentir incomodado com as comparações de seu trabalho com os antecessores Luís Castro e o interino Cláudio Caçapa.
O técnico tentou trazer para si grande parte da pressão e cobrança por resultados para proteger a equipe e mantê-la unida, mas essa atitude não foi bem vista pela direção do time.
Equipe unida
Apesar da aparente situação de instabilidade, Bruno Lage tem apoio dos jogadores, que em conversa demonstraram estar ao lado do treinador para evitar atritos que possam prejudicar o desempenho do time na segunda etapa do Brasileirão.
O Botafogo tem conseguido administrar bem as mudanças no time, principalmente a troca de técnicos ocorrida em julho.
Havia um receio de que com a chegada de Bruno Lage, equipe perdesse tempo na adaptação e caísse na tabela, o que não aconteceu.
O português tem passagens pelas categorias de base do Benfica e Al Ahli, além de trabalhar como auxiliar no Sheffield Wednesday e Swansea. Em 2019 assumiu o Benfica e em 2021 o Wolverhampton, clube que ficou até 2022.

