Home Futebol Projeto de reforma do estatuto do Corinthians propõe SAF, voto de sócio-torcedor e mais

Projeto de reforma do estatuto do Corinthians propõe SAF, voto de sócio-torcedor e mais

Proposta de novo estatuto precisa de aprovação em duas votações, que ocorrem ainda este ano

Hugo Tavares
Colaborador do Torcedores
Projeto de reforma do estatuto do Corinthians propõe SAF, voto de sócio-torcedor e mais

Sede do Corinthians, Parque São Jorge tem problema de controle de materiais esportivos (Divulgação / Corinthians)

A proposta de reforma do estatuto do Corinthians está à mesa e propõe mudanças profundas no clube. Entre questões políticas, como novo tempo de mandato e voto para sócios-torcedores, o novo texto prevê condições para o futebol do clube virar SAF.

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Alguns pontos do projeto do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, ainda passarão por avaliação de conselheiros para redigir o texto final. Para aprovação, haverá duas etapas. A primeira, prevista para novembro, é a votação no Conselho Deliberativo. E a expectativa é que uma Assembleia Geral de sócios aconteça em dezembro.

Como seria a SAF pela reforma do estatuto do Corinthians

Entre as principais propostas está a abertura para uma SAF, mas com a obrigação de que o próprio Corinthians tenha maioria das ações em caso de criação de uma Sociedade Anônima do Futebol, como informou o site ‘Meu Timão’. Ao garantir 51%, o projeto é manter o controle do departamento no Parque São Jorge.

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Além disso, para a criação e a venda de ações a um investidor, dois terços dos sócios aptos a votar precisam aprovar. Entretanto, esse tema da SAF pode sofrer modificações no texto final.

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Sócio-torcedor com poder de voto

O projeto de reforma do estatuto do Corinthians também prevê o direito a voto para sócios-torcedores cadastrados em uma nova categoria do programa Fiel Torcedor. A mensalidade seria mais cara que a categoria básica atual, mas abaixo dos planos de valor mais alto.

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O participante precisará estar adimplente e cumprir um período de carência antes de poder votar. Esse prazo terá uma redução de cinco para quatro anos, inclusive para sócios do clube.

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Ou seja, caso a reforma seja aprovada, o primeiro pleito com a participação de torcedores seria em 2030.

Mandato mais longo e responsabilidade financeira

A proposta de reforma do estatuto do Corinthians também amplia a duração dos mandatos de presidente e conselheiros de três para quatro anos. Os cargos estatutários (presidentes, vices e diretores) deixariam de ser dirigentes amadores e teriam direito a um salário, para não dividirem a função com outro emprego, como costuma acontecer atualmente.

Também há a previsão de contratação de um CEO, com poder acima dos vice-presidentes e abaixo apenas do mandatário corintiano.

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E diante da grave crise financeira do clube, com grandes dívidas, a proposta prevê que o presidente não pode ter gastos maiores do que 90% das verbas da previsão de orçamento. Também há previsão da criação de um portal de transparência para controle de gastos.

Caso a diretoria não cumpra com essas obrigações, perderá o poder sobre as contas do clube. então, terá que pedir aprovação do Conselho Fiscal para cada operação.

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