Dorival Júnior tem contrato com o Corinthians até o fim de 2026 (foto: Ronaldo Barreto/TheNEWS2 via ZUMA Press Wire/Alamy)
O Corinthians trabalha para conseguir R$ 100 milhões até dezembro e utilizar parte do dinheiro para pagar a dívida com o Santos Laguna e acabar com o transfer ban. Enquanto isso, Dorival Júnior e a diretoria veem o planejamento para 2026 como incógnita, mas trabalham tanto no cenário no qual o clube poderá contratar reforços, como no mais negativo, em que seguirá sem poder registar jogadores.
Diante da indefinição, o treinador admite que já utiliza a reta final do Brasileirão deste ano como um laboratório para a próxima temporada. Afinal, caso a crise financeira prevaleça, o Timão terá de trabalhar com o elenco que tem.
A única opção do Corinthians no momento
Por isso, Dorival Júnior vislumbra a possibilidade de ter que utilizar mais garotos da base como solução emergencial. E já dá mais oportunidades durante os jogos, como é o caso do meia Dieguinho que, aos 18 anos, atuou como titular pela segunda vez, na derrota por 1 a 0 para o Ceará.
“Nós temos de ter consciência de que isso pode acontecer (não poder registrar jogadores). Por isso a minha preocupação é tentar preparar o máximo possível esses garotos que estão aí. Seria o ideal, o correto? Não. Mas é apenas o caminho que nós temos. Não temos uma segunda opção”, afirmou o treinador do Corinthians ao site ‘ge’.
Além de Dieguinho, o volante Breno Bidon, de 20, e o atacante Gui Negão, de 18 anos, são algumas outras opções de jovens que podem ganhar mais oportunidades em 2026.
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O que pensa Dorival sobre reforços
Diante do cenário desafiador, a comissão técnica do Timão já avaliou as necessidades em cada posição do elenco, mas sem saber se conseguirá supri-las. Por isso, Dorival não tem um número de reforços estipulado à diretoria.
“Eu tenho que ter entendimento daquilo que está acontecendo. E principalmente que não será simples e fácil como eu imaginava, em termos de reposições e contratações. Nós necessitamos de alguns elementos que possam fortalecer o grupo, já detectamos o que precisamos”, disse.
O treinador, enquanto isso, espera por uma solução definitiva para o planejamento da próxima temporada ter um avanço.
O plano do Corinthians e o risco de outro transfer ban
A esperança é que o o Corinthians resolva a dívida de R$ 40 milhões ao Santos Laguna, do México, por Félix Torres. A punição na Corte Arbitral do Esporte (CAS) só cairá com o pagamento à vista.
Para ter esse valor, a diretoria planeja um adiantamento da cota de 2026 dos direitos de transmissão e mais um empréstimo, totalizando R$ 100 milhões. O restante do valor seria para pagar outras obrigações em novembro e dezembro.
Só que há um total de R$ 125 milhões de dívidas em processos que podem render impedimento no registro de jogadores. Em um deles, o Corinthians já perdeu o prazo de pagamento, mas negocia com Matías Rojas um acordo para parcelar os R$ 41,5 milhões devidos.

