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José Boto coloca data e condição para deixar o Flamengo

Dirigente comentou desejo de retornar para a Europa

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
José Boto coloca data e condição para deixar o Flamengo

José Boto deu entrevista em Portugal e falou sobre o Flamengo (Foto: Jota Erre/AGIF)

Responsável por uma das temporadas mais vitoriosas da história recente do Flamengo, José Boto já começa a desenhar os próximos passos da carreira. Em entrevista ao Canal 11, de Portugal, o diretor de futebol deixou claro que sua permanência no clube carioca não deve se estender além de 2026.

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O dirigente português, que tem contrato até o fim do próximo ano, afirmou que enxerga o atual projeto como bem definido, mas sem perspectiva de longa duração. A ideia, segundo ele, é retornar ao futebol europeu a partir de 2027, desde que surja uma proposta alinhada às suas expectativas profissionais.

O Rubro-negro ainda precisa lidar com a longa negociação por Filipe Luís.

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Planejamento pessoal aponta prazo definido

Questionado sobre uma eventual volta a Portugal, Boto foi direto ao tratar do assunto. Para ele, a experiência no Brasil tem prazo de validade, ainda que o momento esportivo seja positivo.

“Acho que fico mais um ano no Brasil e depois é pensar em voltar a Portugal, à Europa, em um projeto que me agrade”, afirmou o dirigente, em trecho antecipado da entrevista.

A fala indica que não há pressa imediata para deixar o Flamengo, mas também não sugere intenção de renovação contratual. Internamente, a avaliação é de que o ciclo atual caminha para um encerramento natural ao fim de 2026.

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Temporada histórica fortalece discurso

A confiança de Boto ao tratar do futuro vem respaldada por resultados expressivos. Em 2025, o Flamengo conquistou quatro títulos sob sua gestão, com destaque para a CONMEBOL Libertadores e o Campeonato Brasileiro, combinação rara no futebol sul-americano.

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O próprio dirigente destacou o peso da temporada logo em seu primeiro ano no país. “Foi perfeito ganhar a Libertadores e o Brasileirão. Isso não é algo normal, aconteceu pouquíssimas vezes”, disse.

De fato, apenas alguns clubes conseguiram repetir o feito na história. Santos, Flamengo e Botafogo aparecem nessa lista restrita, o que reforça o tamanho da conquista rubro-negra.

Passagem pelo Brasil supera expectativas

Quando chegou ao Flamengo, José Boto enfrentou desconfiança por parte de setores da torcida e até de bastidores políticos do clube. Ao longo da temporada, porém, sua condução no mercado e o alinhamento com a comissão técnica ajudaram a consolidar sua posição.

Além dos títulos continentais e nacionais, o clube também levantou a Supercopa Rei e o Campeonato Carioca. O conjunto de resultados transformou 2025 em um ano praticamente irretocável sob o ponto de vista esportivo.

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Esse contexto fortalece o capital simbólico de Boto no mercado internacional. Na Europa, seu nome já era conhecido, mas a experiência bem-sucedida no futebol brasileiro amplia seu repertório e alcance.

Ruídos internos não mudam cenário

Apesar do sucesso, a temporada não passou sem tensões. Em julho, divergências políticas quase provocaram a saída antecipada do diretor. O principal ponto de atrito envolveu o veto à contratação do atacante irlandês Mikey Johnston.

Na ocasião, José Boto demonstrou insatisfação, mas acabou permanecendo após intervenção direta do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap. A decisão evitou uma ruptura precoce e garantiu estabilidade ao departamento de futebol.

Mesmo assim, o episódio contribuiu para reforçar a percepção de que o vínculo entre as partes é profissional e circunstancial, não necessariamente duradouro.

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Europa no horizonte, sem pressa

Ao projetar o futuro, Boto evita citar clubes ou ligas específicas. A prioridade, segundo ele, é encontrar um projeto esportivo que faça sentido, independentemente do país.

A cautela indica que o dirigente não pretende dar um passo apressado. O objetivo é concluir o trabalho no Flamengo, manter o nível competitivo da equipe em 2026 e, só então, avaliar oportunidades no mercado europeu.

Até lá, o foco segue no presente. Com um elenco valorizado, calendário exigente e expectativas elevadas, José Boto ainda tem capítulos importantes a escrever no Flamengo antes de, possivelmente, encerrar sua passagem pelo futebol brasileiro.

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