Home Futebol De 1 a 11: O melhor Vasco que eu vi jogar

De 1 a 11: O melhor Vasco que eu vi jogar

Escalar a melhor equipe de todos os tempos é uma tarefa sempre complicada. Nomes bons ficam de fora, e sempre tem uma ou outra contestação. E no caso do Vasco não será diferente, principalmente pelo fato de que está muito viva na memória do torcedor o grande time cruzmaltino do final da década de 90.

Vitor Quartezani Dias
Colaborador do Torcedores

Para isso, resolvi montar os melhores nomes que eu vi passar pelo Vasco. Muitos passaram pouco tempo no clube, outros marcaram época e outros às vezes nem são lembrados, mas foram importantes para algumas conquistas dos cruzmaltinos e estão na memória do torcedor. Portanto, escolhi o esquema 4-3-3 para montar o melhor Vasco da Gama que eu vi em campo.

Goleiro – Carlos Germano

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Criado nas divisões de base do Vasco, Carlos Germano esteve presente nas maiores conquistas do clube na década de 90, desde a conquista do único tri campeonato carioca até a campanha vitoriosa na Libertadores de 1998. Simples, seguro, Carlos Germano foi um dos melhores goleiros do Brasil nos anos 90 e reserva de Taffarel na Copa do Mundo da França em 98.

Laterais – Pimentel e Felipe

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Até 1996, Pimentel foi o dono da lateral direita do Vasco. Aliando velocidade para apoiar e força na marcação, o lateral foi peça importante na conquista do tri carioca e esteve sempre nas listas dos melhores da posição no Brasil.

Já em 1997, o Vasco revelou para o país, um dos mais talentosos laterais da história. Felipe tinha tudo que um bom lateral precisava, como uma chegada forte ao ataque e obediência tática na defesa, características que ficavam aina mais evidentes quando aliadas a sua habilidade para dribles. Isso o fez ser um dos jogadores mais importantes na história recente do Vasco, e um dos mais queridos pelos torcedores, mesmo ele tendo passado pelo Flamengo em um período de sua carreira.

Além disso, Felipe é o jogador com mais títulos importantes da história do Vasco da Gama com 7 conquistas. São dois Brasileiros, uma Libertadores, uma Mercosul, uma Copa do Brasil, um Campeonato Carioca e um Rio-São Paulo.

Zagueiros – Mauro Galvão e Alexandre Torres

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Na defesa nada de chutões e botinadas. Dois jogadores de pura técnica. Mauro Galvão e Alexandre Torres. O primeiro chegou para ser a segurança e o comandante da melhor fase da história do Vasco. Galvão se destacou tanto no Vasco, que mesmo com 36 anos era um dos mais cotados para a disputa da Copa de 98. Para tristeza do Brasileiro, o zagueiro não foi chamado e no jogo da final contra a França todos vimos o que aconteceu, gols de bola parada, uma das especialidades do zagueiro.

Ao seu lado coloco Alexandre Torres, que também tinha na técnica seu ponto alto, mas era um zagueiro muito difícil de ser vencido em velocidade, e no jogo aéreo. Foi importante, principalmente em 94, quando ao lado de Ricardo Rocha montou um dos melhores sistemas defensivos do Vasco.

Volante – Marco Antônio Boiadeiro

Chegada firme, boa marcação e muita técnica, características que Boiadeiro usava com muita propriedade, desde seus tempos de Guarani. Uma das peças chaves na conquista do bicampeonato Brasileiro de 1989.

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Meias – Juninho Pernambucano e Roberto Dinamite

Aqui temos dois meias, ou melhor um meia de origem e outro que no final da carreira recuou para dar espaços aos jovens gênios que surgiam na Colina.

Juninho Pernambucano é um dos jogadores mais importantes e lembrados pelos torcedores cruzmaltinos. E isso foi conquistado com muita entrega, técnica, mas principalmente amor a camisa e respeito com os torcedores. É dele sem dúvida, o gol mais lembrado e festejado, o gol Monumental, na semifinal da Taça Libertadores de 1998 contra o River Plate, que garantiu o empate e assegurou a vaga na final.

Falar de Roberto Dinamite é algo complicado, pois trata-se do maior ícone da história centenária do Vasco da Gama. Aqui não cabe definir como ele foi como presidente e sim como jogador. E dentro das quatro linhas ele deu show. Maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, jogador que mais vestiu a camisa vascaína, Dinamite é um símbolo de um time, jogador que muitas vezes sozinho definia jogos a favor do Vasco e que sempre soube respeitar seus adversários, a camisa e seus fãs.

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Roberto, atacante nato, um dos mais precisos do futebol brasileiro, soube se reinventar e com sua técnica saiu do ataque para compor um meio campo e municiar jovens atacantes como Mauricinho, Romário e Edmundo com muita técnica. Além disso, era exímio cobrador de faltas e certeza de gol para ps vascaínos.

Atacantes – Romário, Edmundo e Valdir

Um ataque de 536 gols. O trio matador de características bem diferentes, que por incrível que pareça, mesmo contemporâneos, jogaram poucas vezes juntos.

Para começar o mais velho deles, Romário, gênio da grande área, velocista e habilidoso, no início da sua carreira municiado por Dinamite tornou-se o terror dos zagueiros no Rio de Janeiro e no Brasil. Depois de sua passagem pela Europa e Flamengo volta ao Vasco em 2000, aos 34 anos e bate o recorde de gols da equipe em um ano com 66 gols, sendo campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul. Qualquer adjetivo é pouco para definir o baixinho, que balançou as redes pelo Gigante da Colina 322 vezes.

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Edmundo é o preferido da torcida do Vasco por inúmeras razões, seja dentro de campo ou por suas declarações de amor ao clube fora das quatro linhas. Dos três atacantes escolhidos é o mais habilidoso. Autor de 79 gols pelo Vasco, sabia voltar para buscar o jogo e tinha na técnica e velocidades seus diferenciais para arrebentar em campo. Ficou na memória dos vascaínos por marcar gols decisivos contra o Flamengo como os três na semifinal do Brasileirão de 1997 quando bateu o recorde de gols da competição com 29 gols.

Valdir o “menos” habilidoso dos três, mas frio e oportunistas nas conclusões. Tinha faro de gols desde a categoria de base, foi fundamental na conquista da Taça São Paulo de 1992, do tricampeonato carioca e um dos jogadores mais legais do Vasco, porque com seu jeito simples, tímido cativava os vascaínos e garantia gols para o time no ataque. Ficou imortalizado pelo locutor da Band Januário de Oliveira com o bordão “cruel, muito cruel esse Valdir”. Ao todo marcou 135 gols com o manto cruzmaltino.