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Brasil x Bolívia: Lembre cinco jogos históricos entre as seleções

As duas seleções já se enfrentaram em mais de 20 oportunidades, com uma larga vantagem para os brasileiros no retrospecto do confronto

Lauren Berger
Lauren Berger é uma jornalista que há cerca de sete anos atua com ênfase em futebol nacional e internacional nas modalidades masculina e feminina. Graduada em Jornalismo na Universidade Luterana do Brasil em 2022, cursa especialização em Marketing e em Produção Audiovisual para Mídias Sociais na Estácio. Além de temas envolvendo variedades, possui ampla experiência e conhecimento em entretenimento, mercado internacional e futebol sul-americano. Atualmente no Torcedores, passou por veículos de comunicação como Bolavip Brasil, PL Brasil, Futebol Latino e Lance!.
Brasil x Bolívia: Lembre cinco jogos históricos entre as seleções

Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta quinta-feira, Brasil e Bolívia se enfrentam às 21h45, na Arena das Dunas, em Natal, pela 9ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. As duas seleções já se enfrentaram 27 vezes, com vantagem esmagadora para os brasileiros no retrospecto. Foram 19 vitórias canarinhas, três empates e apenas cinco vitórias para os bolivianos. Abaixo, vamos recordar cinco duelos históricos entre as duas seleções:

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Opinião: Por onde o Brasil pode ganhar da Bolívia

1 – Brasil 10 x 1 Bolívia – 1949

O Campeonato Sul-Americano de 1949 – que hoje é conhecido como Copa América – foi disputado em pontos corridos. O torneio teve o Brasil como sede. No dia 10 de abril, os anfitriões entraram em campo no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, para enfrentar a Bolívia, pela segunda rodada do campeonato. E foi um passeio brasileiro.

O resultado de 10 a 1 é, até hoje, a maior vitória da seleção brasileira em jogos oficiais. O grande destaque foi o atacante Nininho, da Portuguesa, que fazia sua estreia com a camisa canarinho e anotou um hat-trick. Zizinho, Cláudio Pinho e Simão, duas vezes cada um, e Jair da Rosa Pinto completaram o placar.

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O Brasil seria campeão daquela edição do Sul-Americano, com oito vitórias, todas por goleada, inclusive um 7 a 0 sobre o Paraguai na final, e apenas uma derrota.

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2 – Bolívia 2 x 0 Brasil – 1993

As duas seleções se encontraram na segunda rodada da fase final das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, em La Paz. Um apagão, daqueles que a gente conhece bem na seleção brasileira, decretou a primeira derrota do Brasil em uma partida de Eliminatórias. A Bolívia vinha embalada por uma vitória por 7 a 1 sobre a Venezuela, enquanto o Brasil tinha apenas empatado com o Equador.

Na altitude de La Paz, o scratch canarinho havia conseguido segurar o ímpeto boliviano por 88 minutos, com direito a Taffarel pegando pênalti. Mas, aos 43 minutos do segundo tempo, o goleiro brasileiro falhou feio, se atrapalhou em um chute sem ângulo de Marco “El Diablo” Etcheverry e foi de herói a vilão naquele dia.

No minuto seguinte, Peña deu números finais à partida. Mais tarde, as duas seleções voltariam a se encontrar em Recife, e o time brasileiro foi impiedoso, aplicando uma goleada de 6 a 0. Os dois países acabaram classificados para a Copa do Mundo de 1994, que viria a marcar o tetracampeonato brasileiro, encerrando um jejum de 24 anos sem conquistas.

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3 – Brasil 8 x 0 Bolívia – 1977

Um jogo para deixar os saudosistas com lágrimas nos olhos. Uma seleção com Luiz Pereira, Cerezo, Zico, Rivellino, Dinamite, Reinaldo e cia. Dos tempos que, com 30 minutos do primeiro tempo, o Brasil era quem estava goleando, e não sendo goleado. O jogo era válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1978 e foi disputado em Cali, na Colômbia.

Uma atuação de gala do Galinho. Zico fez quatro gols, e participou de outros três. Só não participou do último porque havia sido substituído. Ainda assim, o gol foi marcado por Marcello, que entrou no lugar do camisa 15 – a 10 estava com Rivellino. Roberto Dinamite, Búfalo Gil e Cerezo marcaram os outros gols daquele dia.

4 – Brasil 5 x 0 Bolívia – 2000

Romário não atuava pela seleção desde abril de 1999. O Baixinho ficou de fora da Copa América e dos Jogos Olímpicos de Sydney por conta de desavenças com o então treinador da seleção brasileira Vanderlei Luxemburgo. Porém, quando a corda apertou no pescoço, Luxa recorreu ao Baixinho.

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Envolvido em uma série de escândalos, pessoais e profissionais, Vanderlei ainda via sua seleção viver um momento ruim nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. O Brasil vinha de uma derrota acachapante para o Chile por 3 a 0, havia marcado apenas nove gols em sete jogos e nenhum dos atacantes convocados pelo treinador tinha balançado as redes.

Ao ser convocado, Romário avisou que ia fazer Luxemburgo se arrepender de não tê-lo levado para Sydney. E fez mais que isso. Naquele 3 de setembro de 2000, o Baixinho fez chover no Maracanã. Debaixo de um dilúvio, o camisa 11 comandou a goleada por 5 a 0, marcando três gols.

O detalhe daquela partida é que o atacante finalizou cinco vezes ao gol boliviano: marcou três vezes e acertou a trave duas. Rivaldo e Marco Sandy (contra), fizeram os outros dois gols.

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5 – Bolívia 1 x 3 Brasil – 1997

O nariz roxo pelo frio. Os olhos marejados e arregalados. Com o dedo em riste para as câmeras, vem o desabafo. “Vocês vão ter que me engolir!”, grita o Velho Lobo. Apesar de todos os momentos acima, a frase de Zagallo após o título da Copa América de 1997 talvez seja a imagem mais mais marcante dos confrontos entre Brasil e Bolívia.

A seleção brasileira jamais havia vencido uma Copa América fora do solo tupiniquim. Além disso, a última conquista havia sido oito anos antes. Em 91 e 95, a seleção canarinho havia sido vice. Em 93, caiu para a Argentina na quartas de final.

A pressão sobre os então campeões mundiais era enorme, ainda mais por ter a melhor dupla de ataque do mundo na época: Ronaldo, que havia acabado se ser eleito pela FIFA o Melhor Jogador do Mundo por duas vezes consecutivas, e Romário. Porém, a final guardava contornos dramáticos.

Romário se lesionou na semifinal e não disputou aquela final. Edmundo foi o titular. E foi dele o primeiro gol do jogo. Além da seleção boliviana, a altitude era outro adversário que o Brasil tinha que enfrentar. E foi justamente o ar rarefeito dos 3.640m de La Paz que fez Taffarel falhar, como já havia falhado quatro anos antes.

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Erwin Sánchez empatou a partida. E a Bolívia só não virou o jogo sabe-se lá por quê. Foram três bolas na trave de Taffarel quando a partida ainda estava 1 a 1. Aos 39 minutos do segundo tempo, Ronaldo recolocou o Brasil à frente. E, nos acréscimos, Zé Roberto garantiu o quinto título brasileiro de Copa América.

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