Home Futebol Relembre os brasileiros que já atuaram no futebol argentino

Relembre os brasileiros que já atuaram no futebol argentino

Nesta semana, o Lanús, da Argentina, anunciou a contratação do zagueiro Tiago. O ex-jogador do Bahia não é o primeiro brasileiro a tentar a sorte no futebol argentino. E o Torcedores elaborou uma lista com alguns jogadores que desbravaram o futebol na terra dos hermanos.

Lucas Meireles
Colaborador do Torcedores.com.
Iarley no futebol argentino

Depois de se destacar pelo Paysandu no Bombonerazzo, Iarley vestiu a camisa 10 do clube xeneize.

Historicamente, Brasil e Argentina possuem uma eterna rivalidade no futebol. De água batizada dada ao Branco na Copa de 1986 à goleada, com um show do Imperador, na final da Copa das Confederações 2005, muita histórias ocorreram envolvendo as nações vizinhas.

No futebol brasileiro, não é incomum um argentino fazer sucesso. Só para citar exemplos recentes, Lucas Pratto teve boa passagem pelo Atlético-MG. Andrés D’Alessandro é ídolo do Internacional. E Conca conquistou a torcida do Fluminense e o prêmio de melhor jogador do Campeonato Brasileiro 2010.

PUBLICIDADE

Contudo, o contrário não é tão habitual. Ao longo da história apenas 36 jogadores brasileiros atuaram em clubes do futebol argentino. O último deles é o zagueiro Tiago Pagnusset, que estava no Bahia, apresentado como novo reforço do Lanús.

Entre os maiores destaques está o ex-jogador Iarley, que atuou pelo temido Boca Juniors em 2003. Um anos antes, o atacante havia chamado a atenção dos xeneizes ao marcar o gol da vitória do Paysandu em plena La Bombonera.

PUBLICIDADE

No Boca, Iarley vestiu a lendária camisa 10 de Diego Maradona e Juan Román Riquelme. Pelo clube argentino, o cearense foi campeão intercontinental, sendo titular na decisão contra o Milan, e de um Torneio Apertura. Segundo o brasileiro, ele chegou a ser chamado de “irmão de Pelé” em Superclássico contra o River Plate. Confira alguns lances de Iarley com a camisa do Boca Juniors no vídeo abaixo:

Contudo as lesões atrapalharam o atacante no clube xeneize. Sendo negociado com o Dorados, do Méxicos, logo na temporada seguinte.

Outros brasileiros

Além de Iarley, outros grandes nomes da nossa história passaram pelo futebol argentino. O ‘Divino Mestre’, Domingos da Guia, homenageado pelo hino do Bangu Atlético Clube e pai de Ademir da Guia, também jogou no Boca. O zagueiro defendeu os xeneizes na década de 1930.

O polêmico atacante Heleno de Freitas, que passou por Botafogo e Seleção Brasileira (e que ganhou vida recentemente no cinema), também defendeu o Boca Juniors durante a década 1940. Confira o trailer do filme abaixo:

PUBLICIDADE

Rodrigues Neto, lateral-esquerdo da Máquina Tricolor de Laranjeiras, como ficou conhecido o time do Fluminense, e da Seleção Brasileira de 1978 foi outro que passou pelo clube xeneize.

Os últimos a passar pela Argentina foram o volante Jean, hoje no Botafogo, e Diogo, hoje na Juventus da Moca. Ambos passaram pelo Estudiantes. O primeiro inclusive começou a carreira no clube de La Plata.

Lista completa

Ararón Wergifker (atacante) – River Plate (1932-1941)

Martim Silveira (atacante) – Boca Juniors (1933-1934)

PUBLICIDADE

Felipe Jorge Bibi (zagueiro) – Boca Juniors (1934-1935)

Moisés Alves do Rio (zagueiro) – Boca Juniors (1934-1935)

Domingos da Guia (zagueiro) – Boca Juniors (1935-1936)

Heleno de Freitas (atacante) – Boca Juniors (1948)

PUBLICIDADE

Yeso Amalfi (atacante) – Boca Juniors (1948-1949)

Paulo Valentim (atacante) – Boca Juniors (1960-1965)

Almir Pernambuquinho (atacante) – Boca Juniors (1962)

Maurinho (atacante) – Boca Juniors (1961-1962)

PUBLICIDADE

Walter da Silva (atacante) – Boca Juniors (1962)

Emanuele del Vecchio (atacante) – Boca Juniors (1963-1964)

Dino Sani (volante) – Boca Juniors (1960-1961)

Édson dos Santos (zagueiro) – Boca Juniors (1960-1963)

PUBLICIDADE

Roberto Frojuello (atacante) – River Plate (1961-1963)

Delém (meia-atacante) – River Plate (1961-1969)

Orlando Peçanha (zagueiro) – Boca Juniors (1961-1965)

Moacyr Claudino Pinto (atacante) – River Plate (1961-1962)

PUBLICIDADE

Ayres Morais de Albuquerque (lateral-direito) – Boca Juniors (1963-1967)

Eduardo Texeira de Lima (atacante) – Boca Juniors (1968)

Heraldo Bezerra (atacante) – Boca Juniors (1977)

Rodrigues Neto (lateral-esquerdo) – Boca Juniors (1982-1983)

PUBLICIDADE

Charles Fabian (atacante) – Boca Juniors (1992)

Gaúcho (atacante) – Boca Juniors (1994)

Luiz Nunes (zagueiro) – River Plate (1991-2001)

Jorginho Paulista (lateral-esquerdo) – Boca Junior (2002-2003)

PUBLICIDADE

Edilio Cardoso (atacante) – Boca Juniors (2003)

Iarley (atacante) – Boca Juniors (2003)

Sérgio Manoel (meia) – Independiente (2004-2005)

Alberoni (meia) – Independiente (2004)

PUBLICIDADE

Jardel (atacante) – Newell’s Old Boys (2004)

Baiano (lateral-direito) – Boca Juniors (2005-2006)

Jádson Vieira (volante) – Lanús (2006)

Luiz Alberto (zagueiro) – Boca Juniors (2010)

PUBLICIDADE

Jean (volante) – Estudiantes (2012-2013)

Diogo (lateral-esquerdo) – Estudiantes (2016)

Experiência na Argentina

Em 2016, o ex-zagueiro Luiz Alberto falou sobre a experiência no Boca Juniors. O defensor, que acumulou passagens Flamengo, Internacional, Atlético-MG, Santos e Fluminense passou apenas seis meses em La Bombonera.

Luiz Alberto foi um dos jogadores brasileiros que atuou no futebol argentinoReprodução/Site oficial do Boca Juniors

PUBLICIDADE

“Nossa, eu não quero nem lembrar disso, foi sofrimento pra todo o lado, a família sofreu, foi difícil. Eu levei a minha família pra lá e a gente passou uma dificuldade muito grande. Não sei se em outra profissão é assim na Argentina, eu não sei se é só a questão de futebol, mas eu aconselho nenhum jogador de futebol ir pra lá”, contou em entrevista ao portal “UOL”.

Luiz Alberto também contou como era seu cotidiano no período em que defendeu o clube de maior torcida do futebol argentino.

“A aceitação não é muito boa, a verdade é essa. Eu ficava lá isolado, entrava no vestiário, ficava isolado, batia papo com um e outro, depois do treino tomava meu banho e ia para casa e ficava com a minha família. Prometeram um carro, não deram o carro, essas coisas todas…”, admitiu Luiz Alberto.