O Altético-MG começou a temporada 2020 com vitória por 1 a 0 sobre o Uberlândia pelo Campeonato Mineiro. A torcida atleticana aguardava a estreia do técnico venezuelano Rafael Dudamel, mas foi o goleiro Michael que roubou a cena. Em sua primeira partida como profissional, o arqueiro defendeu um pênalti e garantiu a vitória.
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Eram 42 minutos do primeiro tempo. O Galo vencia por 1 a 0, com gol de pênalti de Fábio Santos. Quando, também de pênalti, o Uberlândia teve a chande de igualar o placar no Estádio Municipal Parque do Sabiá. Entretanto, o atacante Felipe Alves viu Michael voar para defender a cobrança. Veja o lance e a entrevista do goleiro no pós-jogo abaixo:
Goleiro Michael falou sobre a vitória do @Atletico na estreia do Mineiro e sobre o pênalti que defendeu no seu primeiro jogo pela equipe principal do Galo. Imagens : Tv Galo pic.twitter.com/6CcFb3i97h
— Breno Galante (@BrenoGalante) January 22, 2020
Este foi o ponto alto da noite de estreia do goleiro de 24 anos. Além do pênalti defendido, Michael teve uma atuação segura e contribuiu para o resultado com belas defesas.
Menino do interior do Paraná
Filho de pequenos agricultores da cidade Serranópolis do Iguaçu, Michael cresceu na roça. De acordo com seu pai, ‘Seu’ Luiz, em entrevista a Galo TV, o jovem desde cedo começou a ajudar a família com o trabalho.
“Ele desde pequeno já seguia a gente. A gente ia para a roça e ele ia junto. Meu pai tinha uma carretinha agrícola lá, para colher fumo. E eu fui querer ensinar, mas ele já tocava sozinho a carreta. Ele só ficava bravo quando tinha que tocar as terneiras que saiam às vezes do pasto, nossa”, afirmou ‘Seu’ Luiz.
Boleiro na barriga da mãe
Michael ainda nem tinha nascido, mas tinha tudo para ser jogador de futebol. Pelo menos é o acreditava Dona Vera, mãe do jogador. Na mesma entrevista para a Galo TV, em Junho do ano passado, Dona Vera revelou que arriscava uns chutes mesmo grávida do futuro goleiro.
“A gente sempre gostou de futebol. Ele (o pai de Michael) sempre jogava e eu sempre participava. Que era só pra dar uns chutes. E então, os meninos que chutavam bola com a gente, diziam se esse aqui (Michael) for menino, vai ser jogador de futebol”, contou Dona Vera.
Segundo a mãe do atleta, o menino costumava chutar a bola desde criança. “Ele nasceu já querendo chutar, ficava em casa sozinho, só chutando a bola. O tempo livre dele era ficar chutando bola, quebrava tudo, mas continuava chutando”, brincou.
Saiu de casa cedo
Com apenas 14 anos, o hoje goleiro titular do Atlético-MG teve deixar para trás o sítio e ir em busca do sonho de ser jogador. Primeiramente em São Paulo e depois em Belo Horizonte.
“Hoje eu sou muito agradecido a eles (pais), a Deus, por terem me deixado sair de casa muito cedo, mudar de estado muito cedo. Foi difícil no começo. Ainda mais a gente que é do Sul, acostumado a churrasco e família reunida. A gente às vezes ligava e ficava aquela saudade”, revelou Michael.
Entretanto, o pai revelou que até para conversar com Michael era difícil. Principalmente por conta da falta de sinal no sítio da família.
“A gente ficava às vezes muito tempo sem ligar. O sítio também não tinha comunicação. Às vezes tinha que ir lá no morro para pegar sinal”, contou o pai.
Confira a entrevista completa com a família de Michael abaixo:
Estreia postergada em 2019
Michael já podia ter estreado com a camisa do Galo. Assim como este ano, o goleiro teria algumas oportunidades enquanto Victor se recupera de uma lesão e Cleiton é convocado para a Seleção Sub-23. Contudo, uma luxação no ombro impediu o jogador de entrar em campo. Mas se engana quem acredita que este fato desanimou o atleta.
“Eu tive uma lesão no ano passado. Poderia ser o começo meu no Atlético jogando, poderia ter tido oportunidade, mas a lesão veio. Eu encaro como algo divino. Talvez não era o meu momento. Hoje, foi o meu momento. Agora, está sendo o meu momento. A partir dessa lesão, me preparei muito psicologicamente”, afirmou o jogador após a partida.
