Jovens, com força e um time de qualidade ao redor. Isso poderia ser o suficiente para falar como Patrick Mahomes e Jimmy Garoppolo chegaram ao Super Bowl, mas eles vão além disso. Com muito a evoluir na NFL, os dois quarterbacks já mostraram o por que tendem a ser os dois mais dominantes no futuro da liga.
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O draft 2017 e o estilo Mahomes
A temporada que ainda não acabou só foi a segunda de Patrick Mahomes como titular. O quarterback que saiu de Texas Tech foi apenas a 10ª escolha em 2017 e poderia ter sido escolhido por Bengals, Panthers, Chargers, Jets, Titans, Jaguars, 49ers, Bears e Browns. No entanto, nenhuma dessas equipes poderia proporcionar o que os Chiefs entregam. Mesmo os 49ers sendo uma ótima equipe, só em Kansas City é possível que o camisa 15 consiga ser ele mesmo e usar todos os seus jogadores ao redor.
Por mais que houvessem defesas fortes em várias partidas, Patrick Mahomes conseguia superar em algum momento. Não houve uma blitz, um esquema compacto, melhores defensores da liga, que conseguisse aniquilar as armas do QB em uma partida por completo. De qualquer forma, Mahomes consegue lançar uma bola longa, uma big play, um jogador como Travis Kelce que desafoga a equipe ou as saídas de pocket que podem punir o adversário.
Foram assim durante os dois primeiros anos e devem ser assim até a parte final da carreira. O prodígio Mahomes será uma realidade nos próximos anos da liga e é provável que a soberania comece a partir de agora. Com Drew Brees, Tom Brady e Aaron Rodgers em fim de carreira, o QB de Kansas City irá liderar a lista dos maiores da geração.
Depois de ser MVP do primeiro ano como titular fica difícil repetir o feito (ainda mais com Lamar Jackson na temporada espetacular). A lesão ainda nas primeiras partidas parecia que iria limitar Mahomes, mas deu ainda mais gás ao QB. O jogador deu a volta por cima e teve contra Titans e Texans as maiores reviravoltas da carreira.
A sombra de Brady e a mudança para San Francisco
Jimmy Garoppolo foi draftado pelo New England Patriots na segunda rodada de 2014. A habilidade do jovem de 23 anos já era notada por muitos, mas o fator Tom Brady ainda atrapalhava uma sequência que pudesse comprovar o talento. Mas fica difícil falar que a medida foi errada quando desde 2015 a franquia foi a quatro finais sendo três consecutivas e conquistando três títulos.
Com apenas 17 jogos sendo só dois iniciando a partida, foi a hora de mudar de ares. Foi então que surgiu a oportunidade de uma ida para o carente San Francisco 49ers que há anos não tinha uma coisa boa para se lembrar. A chegada em Santa Clara não foi como Garoppolo esperava e o primeiro momento foi de tentar provar o potencial no rodízio feito da equipe. Foram cinco jogos iniciando entre os titulares com cinco vitórias, uma ótima média para quem havia acabado de chegar.
Em 2018, a grande chance de brilhar durou apenas três partidas. Justamente contra o Kansas City Chiefs, Garoppolo rompeu os ligamentos do joelho e deu adeus a chance de afirmação que teria. Sem o camisa 10, os 49ers derraparam, ganharam três em 13 partidas disputadas e foram um dos piores times da liga. O que parecia ser um caos, ficou menos ruim meses depois no draft da temporada 2019. Com o QB saudável e pronto para voltar a atuar, San Francisco entendeu que não precisava de outro jogador da posição e selecionou o defensive end Nick Bosa como segunda escolha geral. A decisão não poderia ter sido mais acertada visto que junto com a chegada de outros jogadores a franquia se estabilizou ofensiva e defensivamente.
Chegou então o ano de 2019 e enfim a esperada ascensão de Garoppolo. Com opções de respeito, uma proteção que poucas vezes foi vazada e uma mentalidade de quem aprendeu com um dos melhores da história (ou o melhor), a franquia foi avançando semana após semana para fazer até o mais antigo torcedor da equipe a relembrar a boa fase do histórico time. O time rendeu, e como rendeu, correndo, lançando, com trick plays, de todas as formas os 49ers conseguiram resgatar o verdadeiro melhor da franquia e de Jimmy Garoppolo.
O encontro no Super Bowl LIV
No dia 2 de fevereiro, Miami receberá o primeiro de muitos encontros entre Jimmy Garoppolo e Patrick Mahomes. Duas mentalidades ofensivas, duas ótimas proteções aos quarterbacks, duas defesas impressionantes e que podem forçar turnovers e dois quarterbacks que tem tudo para mostrar todo o talento disponível.
O futuro aguarda Mahomes e Garoppolo, nos próximos dias, nos próximos meses e nos próximos anos. Dois dos maiores jogadores que serão o futuro das equipes e da liga. O amanhã já começou.
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