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Rafael Oliveira: Como brasileiro pulou etapas para virar astro do Arsenal aos 18 anos

O jovem brasileiro chegou como aposta e conquistou espaço no Arsenal muito mais rápido que o esperado

Por Rafael Oliveira em 22/01/2020 07:00 - Atualizado há 2 anos

Getty

Quando Gabriel Martinelli foi anunciado oficialmente pelo Arsenal, em julho, tinha acabado de completar 18 anos de idade. Destaque na Copinha de 2019, só tinha experiência como profissional no Ituano.

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Os clubes europeus buscam promessas cada vez mais jovens. Com muito investimento em observação de talentos pelo mundo, acompanham cada garoto em cada competição de base. É uma guerra para antecipar a identificação do potencial. E perder a disputa significa deixar de contratar apostas baratas que rapidamente valerão milhões de euros  no mercado europeu.

Ao chegar na Inglaterra, o natural seria iniciar um processo de adaptação. Há a diferença cultural, a nova exigência física e o desafio técnico de quem chega a um clube de Premier League. O normal seria atuar no time de base ou ser emprestado para ganhar mais minutos em equipes intermediárias da Europa.

Ganhar minutos. Era o grande objetivo quando começou a pré-temporada e o Arsenal não contava com seu elenco principal, ainda em reta final de férias. A primeira oportunidade surgiria nos amistosos e Martinelli conseguiu deixar sua marca. Não que tivesse atuações primorosas, mas o faro de gol chamava atenção. Não foi o único. Bukayo Saka também ganhou pontos importantes com o desempenho ali apresentado.

Com o retorno do elenco principal, permanecer no clube já era uma novidade, mesmo sabendo que as chances provavelmente viriam apenas nas copas, quando os técnicos rodam mais o elenco. Em dez dias, dois gols contra o Nottingham Forest na Copa da Liga e mais dois contra o Standard Liege na Europa League.

Em um time repleto de problemas, o pressionado Unai Emery começava então a dar minutos na Premier League. Outra semana de copas chegou e, com ela, mais gols: um contra o Vitória de Guimarães e dois contra o Liverpool. Rapidamente, o status com o próprio torcedor foi se modificando. Martinelli virou uma esperança e alguém que sempre corresponde.

Curiosamente, as melhores atuações viriam mais tarde, mas os gols impulsionaram o brasileiro. De fato, por mais que seja um ponta habilidoso e de qualidade para arrancar com a bola, era a chegada na área adversária que representava uma constante opção ofensiva.

Como a repercussão tende a ser muito maior a partir dos gols, o espaço estava conquistado. E com maior confiança, o mês de dezembro já mostrou um jogador bem mais influente. Com 18 anos, Martinelli passou a ser uma alternativa respeitada e procurada dentro de campo.

Nem mesmo a troca de técnico atrapalhou a progressão. Com Arteta, a forma de jogar mudou e as novas funções ficaram bem definidas. Martinelli não é um titular do Arsenal, mas já é um reserva importante.  E que se mostra pronto para aproveitar cada oportunidade, como na suspensão de Aubameyang.

Em seu primeiro clássico londrino pela Premier League, o brasileiro marcou um golaço contra o Chelsea. Uma arrancada que deu vida a um time totalmente superado e que ainda não havia finalizado uma vez sequer.

São 10 gols marcados na primeira temporada pelo Arsenal. O último garoto a atingir tal feito foi Nicolas Anelka em 1998/99, artilheiro do time vice-campeão da Premier League naquele ano. São estágios diferentes de carreira e a comparação é descabida, mas a estatística serve de parâmetro para valorizar o que já foi atingido de forma tão precoce e surpreendente.

Em seis meses de temporada, Gabriel Martinelli saltou diversos degraus do que seria um processo natural. Pulou etapas por méritos próprios e já escreve páginas importantes em uma carreira que está apenas no começo. Hoje, já é um jovem a ser observado nas principais ligas europeias.

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