Faltam apenas alguns meses para a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A festa já vai acontecer no dia 24 de julho de 2020. Ou seja, os organizadores estão fechando os últimos preparativos para o evento. Pode até parecer que tudo está caminhando sem maiores problemas no país olímpico. Mas não é bem assim. Isso porque a região enfrenta alguns problemas como qualquer lugar do mundo.
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Se no Rio de Janeiro, existiam preocupações com questões como violência pública e até mesmo medo de contaminação por vírus, os Jogos de Tóquio registram outro problema. É a radiação. É que o Japão passou pelo maior desastre nuclear de sua história em 2011. Mesmo depois de nove anos do acontecido, a região de Fukushima ainda tenta se recuperar. Durante a última semana, jornalistas da agência de notícias Reuters visitaram a antiga usina e relataram o que presenciaram.
Os jornalistas presenciaram vários trabalhadores em traje de proteção ainda removendo material radioativo dos reatores. Estes reatores derreteram depois que o país foi tomado por um tsunami seguido de um terremoto. A energia foi derrubada e os reatores esfriaram. Isso portanto ajudou no derretimento do material. Ainda de acordo com os jornalistas, mesmo nove anos depois do ocorrido, enormes tanques ainda armazenam crescentes quantidades de água contaminada.
Fukushima
O trabalho para livrar a usina de qualquer nível de radioatividade já dura cerca de 10 anos. Mas nos últimos meses esse trabalho foi intensificado justamente por causa dos Jogos Olímpicos. Estima-se que cerca de 4 mil trabalhadores ainda estejam trabalhando na limpeza. Nenhum deles foi liberado para dar entrevistas. Fotografia também era algo que tinha uma certa restrição para jornalistas.
A preocupação tem vários motivos claros. Acontece que vários eventos olímpicos serão realizados na proximidade do local. Há provas agendadas para cerca de 60 km dali. Além disso, o revezamento da tocha deve começar pela região.
Por isso existe uma grande preocupação com a água contaminada. É que a empresa que cuida da limpeza já tinha dito que não foi capaz de remover toda a radioatividade da água. Assim, essa água precisa ficar armazenada. Acontece que os grandes reservatórios estão ficando cada vez mais sem espaço.
Especialistas e o governo do Japão tentam encontrar um acordo para o futuro desta água. Duas opções são as mais prováveis. A primeira seria diluir essa água e jogá-la no Oceano Pacífico. A segunda seria deixar que essa água evapore pelo ar. Mas qualquer uma das duas opções poderia ser perigosa de alguma forma.

