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Torcidas organizadas que já foram banidas dos estádios

Torcidas organizadas que foram proibidas de ir ao estádio e que após cumprirem suas penas (ou não), puderam voltar para as arquibancadas

Alan Zonta
Colaborador do Torcedores

Nesta semana as principais organizadas do Cruzeiro, Mafia Azul e Pavilhão Independente, receberam a noticia de que estavam banidas das arquibancadas por pelo menos um ano. Nenhum torcedor poderá comparecer ao estádio portando qualquer vestimenta, faixa ou bandeira em alusão às torcidas. Os motivos que levaram ao banimento foram brigas entre as torcidas no ano passado e o vandalismo causado no Mineirão na derrota para o Palmeiras, que culminou no primeiro rebaixamento da história da equipe celeste.

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Pensando nisso, separamos alguns casos de torcidas que foram banidas e que após um tempo voltaram a frequentar seus estádios e acompanhar seus times do coração de perto novamente.

Grêmio

Em 2014, a torcida organizada da geral do Grêmio foi suspensa por cinco jogos após desacatar ordens da Brigada Militar e seguir por outro caminho em direção ao Beira-Rio onde ocorreria o clássico Gre-Nal. A mudança de rota resultou em confronto com torcedores colorados.

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A punição foi concretizada por um acordo assinado entre o Ministério Público, a Federação Gaúcha de Futebol, dirigentes tricolores e representantes da organizada, que determinava a suspensão para jogos dentro e fora de casa.

Corinthians

Em 2017 o Alvinegro do Parque São Jorge teve quatro de suas torcidas organizadas banidas dos estádios pelo Ministério Público Estadual. Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão Nove e Coringão Chopp foram proibidas de comparecer aos jogos sob pena de multa de R$ 20 mil por integrante.

O motivo da suspensão foi uma briga entre as torcidas corintianas com torcidas do Flamengo, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro de 2016. Na ocasião torcedores alvinegros tentaram se aproveitar o número inferior de policiais no setor visitante para invadir o setor dos flamenguistas, chegando a derrubar uma das grades de proteção, mas logo foram contidos.

A punição seria válida até o final da ação civil movida pelo MP, porém 7 meses depois da condenação as torcidas já estavam de volta aos estádios com suas vestimentas e faixas, apenas sem poder utilizar baterias e bandeirões.

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São Paulo

Um caso mais recente ocorreu com o Tricolor Paulista, quando em Julho de 2019 o Ministério Público proibiu a entrada de integrantes da torcida organizada Independente. Isso ocorreu depois de diversas brigas com outras torcidas organizadas do próprio time dentro e fora dos estádios, a pior foi no dia 2 de Junho, em partida contra o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro, quando membros da organizada participaram de uma briga na Praça Charles Miller.

Foram presos 83 torcedores, divididos entre membros da torcida e participantes da escola de samba da Independente. A punição ainda deveria estar valendo, mas poucos jogos após A FPF acatar o ofício do Ministério Público já era possível ver alguns integrantes circulando livremente pelos arredores e pelas arquibancadas.

Palmeiras

O principal torcida Alviverde não escapou do banimento após eventos iniciados em Presidente Prudente em jogo contra o principal rival Corinthians, em 2011. Os agravantes foram tiros disparados que atingiram dois torcedores, e a morte de um torcedor alvinegro Douglas Karim Silva, de 27 anos. O rapaz foi vitima de estrangulamento seguido de afogamento.

Com os acontecimentos, a Federação Paulista de Futebol decidiu por banir a torcida organizada Mancha Verde dos estádios. A punição não tinha data definida para acabar, mas ficou válida por apenas um ano, até setembro de 2018.

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Flamengo

Fechando a lista com o rubro-negro, também é o caso mais recente e mais polêmico. Em 2017 a Justiça do Rio de Janeiro decidiu banir a Torcida Jovem do Flamengo por três anos com base no comportamento violento da torcida. O principal acontecimento foi a morte de um torcedor botafoguense, Diego Silva dos Santos, assassinado com golpes de espeto de churrasco antes do clássico entre as equipes.

Oito torcedores foram feridos, três baleados. Cinco integrantes da Torcida Jovem foram presos por conta do assassinato e outros três estavam foragidos na época.

O mais curioso deste caso é que na véspera de retornar à legalidade após o cumprimento dos três anos, a Justiça emite um novo despacho que renova a pena de mais três anos, contando até 2022. Mesmo banida no Brasil, a torcida organizada se fez presente em Lima no Peru para acompanhar a equipe na final da Libertadores e também foi para o Catar em busca do título Mundial.