Uma das grandes reportagens sobre escândalos no futebol nacional completará 15 anos em 2020. Em 2005, a Máfia do Apito foi descoberta pela revista Veja, com grande participação do jornalista André Rizek, hoje no Grupo Globo de Televisão.
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André Rizek descobriu um esquema de apostas que envolvia dois árbitros (Paulo José Danelon e Edilson Pereira de Carvalho) e que influenciaram 11 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. Ambos foram denunciados e banidos do futebol, enquanto todas as partidas foram remarcadas e o Corinthians acabou se tornando campeão nacional no ano.
O profissional, em entrevista ao Bolívia Talk Show nesta quinta-feira (27), relembrou a reportagem que mudou sua vida, segundo ele mesmo. Perguntado sobre se teve medo de perder a vida após a publicação, André Rizek disse:
“Aprendi que bandido quer ficar longe de jornalistas, esquecidos. Fora que, esse grupo de apostadores eram “compradores de galinhas”. Incrível como eles, do interior de São Paulo, conseguiu assaltar o Campeonato Brasileiro. Se eles fossem bons, não teriam sido descobertos”, comentou Rizek.
Apesar da Máfia do Apito ter influenciado diretamente nos jogos do campeonato, Rizek ressalta que o juiz Márcio Rezende de Freitas prejudicou mais o Internacional contra o Corinthians, em 2005, do que o próprio esquema criminoso.
“Foi um acaso. O Inter não merecia perder aquele Campeonato Brasileiro, mas não vejo como deixar de lado a Máfia do Apito e não anular os jogos que o Edilson apitou”, afirmou o jornalista.
André Rizek diz que não foi orientado pela Globo para ser anti-Flamengo
A negociação envolvendo Flamengo e Rede Globo atingiu diretamente os jornalistas da emissora e sua relação com os torcedores rubro-negros. Alguns afirmam que os profissionais passaram a criticar mais a equipe de Jorge Jesus após a falta de acordo pelo Estadual.
“Cabe a gente ser didático para explicar. Eu nunca recebi orientação para bater ou elogiar o Flamengo. A Globo também ficou um tempo sem contrato com o Palmeiras e o Athletico, e não deixamos de falar deles em nossos programas jornalísticos. Até porque seria uma decisão burra da Globo. Eu vou abrir mão da maior torcida do Brasil? Não faz sentido”, concluiu André Rizek.
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