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O empate por 1 a 1 entre Caxias e Botafogo, na quarta (5), foi marcado por dois fatos incomuns. O primeiro é o ex-jogador Washington mostrar o replay de um lance do jogo, via celular, para jogadores e integrantes da comissão técnica do clube gaúcho. A atitude resultou em demissão. Ele era diretor de desenvolvimento da CBF. Em entrevista concedida ao site Globoesporte, o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Leonardo Gaciba, destacou que o Washington não praticou o ato por maldade.
“A presidência resolveu afastar o Washington, mas é um profissional. Eu gosto muito dele como pessoa, acredito que o que aconteceu ali foi exatamente isso. O Washington tem um coração espetacular”, destacou Gaciba.
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“Não tem maldade nenhuma na cabeça e foi isso que aconteceu. Ele acabou mostrando o telefone pelo fato de não ter tido a maldade na cabeça. Lamento muito”, acrescentou o dirigente.
A segunda ocorrência marcante é que o árbitro do jogo, Lucas Canetto Bellote, foi cercado e agredido por profissionais do Caxias. Em relação à ocorrência, Gaciba se mostrou indignado.
“A CBF é dura em relação ao que aconteceu. Foi colocado logo em seguida uma nota oficial e no dia seguinte nossos árbitros fizeram um protesto nos jogos de quinta-feira da Copa do Brasil repudiando completamente o que aconteceu”, declarou.
“E eu vou acompanhar pessoalmente o julgamento desse caso para que isso seja um exemplo para o Brasil inteiro”, prometeu Gaciba.
“Acredito que o que acontece em rede nacional tem uma repercussão muito grande em todos os espaços do futebol. Precisamos passar uma mensagem de que isso acabou no futebol”, prosseguiu.
“Estamos em 2020 e não aceitamos esse tipo de atitude. Erros, todos vão ter, agora a atitude que foi tomada é imperdoável”, finalizou Gaciba.
Veja a seguir outros assuntos da entrevista concedida por Gaciba:
Integração com os Estados – “O objetivo é exatamente esse. É a questão da inclusão de todos, passar a linguagem de uma arbitragem única, nível nacional e sabemos que cada estado tem características próprias. Precisamos ter uma padronização de critérios diante do que os árbitros brasileiros estão colocando. Então, é uma palestra exatamente para que os árbitros possam se conhecer, quais suas características, qual seu perfil e tentar acima de tudo padronizar os critérios utilizados na arbitragem nacional”.
Árbitro de vídeo – “Estamos em um trabalho de evolução, e o árbitro de vídeo veio para nos ajudar muito. Tivemos uma melhora em mais de 80% em equívocos capitais que eram tomados no passado. O trabalhos são exatamente o inverso a esse, por incrível que pareça. Nosso objetivo maior é trabalhar o campo de jogo. Preciso que o campo melhore, a partir do momento que eu conseguir ter menos erros capitais no campo de jogo, tiro muito a carga do árbitro de vídeo. O árbitro de vídeo menos utilizados, campo com melhor aproveitamento. Esse é o trabalho”
Arbitragem de vídeo na Supercopa– “O Brasil é um grande continente e vai ser um trabalho muito difícil. Teremos que passar fibra ótica em todo o Brasil. Não é barato, mas ao mesmo tempo teremos um ganho técnico muito grande. Com a central colocada no local apenas para todos os estados do Brasil, consigo ter esses árbitros que vão estar no vídeo ao meu lado e podendo trabalhar no jogo das 19h e fazer o jogo das 16h offline. Ele tranquilamente pode trabalhar em uma cabine que não está no ar e em outra cabine vai optando com o o estádio. Isso tende a aperfeiçoar cada vez mais e de forma mais rápida com um feedback instantâneo da parte da estrutura da arbitragem. Isso é super interessante. Tecnicamente falando, ele é espetacular”.
Nova realidade dos árbitros – “Essa na verdade é uma nova vertente que vai acontecer por que o árbitro de vídeo é uma função que pode ser desempenhada por mais tempo por que não requer habilidades físicas. Ele na verdade precisa de outros tipos de características e é um novo ramo que está acontecendo. A arbitragem como um todo ainda tem um tratamento e remuneração baixa. Quando entrei foi um aumento de 20% nas taxas de todos os árbitros do Brasil. Para que eles consigam ter uma remuneração condizente com a responsabilidade que eles têm. Esse também é um trabalho da comissão de arbitragem. A valorização financeira desses profissionais para que eles consigam se dedicar um doa somente a arbitragem. A cobrança é como se fosse”
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