Sob tensão nas ruas por conta da insatisfação popular ao governo de Sebastián Piñera, o Chile presenciou novas cenas de horror nesta terça-feira. Já no final do empate em 0x0 entre Universidad de Chile e Inter, pela pré-Libertadores, torcedores atearam fogo na arquibancada e arremessaram objetos nos policiais e perto do gramado.
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O goleiro colorado Marcelo Lomba, por exemplo, admitiu que ficou preocupado com a situação e que perdeu um pouco a concentração nos minutos finais.
“Nos últimos 5 ou 10 minutos foi difícil manter a concentração. Talvez, se fosse 11×11, eu seria mais incisivo para a paralisação da partida. Como eles tiveram um expulso, não fomos mais tão atacados”, comentou.
COMEÇOU OFICIALMENTE A LIBERTADORES 2020 pic.twitter.com/YbpFylUtW9
— Dona Lúcia (@DonaLuciaHexa) February 4, 2020
“Sabemos da situação do país deles. Uma pena, por ser um país lindo, com um futebol lindo”, lamentou o zagueiro Víctor Cuesta.
Críticas à Conmebol
Através do vice de futebol, Alessandro Barcellos, o Inter prometeu fazer uma reclamação formal junto à Conmebol:
“Vamos juntar todos os elementos com o nosso departamento jurídico. Essas pessoas não queriam ver o jogo. Queriam fazer um protesto legítimo, mas não deveria acontecer aqui no estádio”, comentou.
Rodrigo Caetano, diretor-executivo, também criticou a entidade e o fato do jogo ter ido até o final. Ele viu certa omissão da Conmebol, que fatalmente não gostaria de ter de analisar uma eventual exclusão da La U, classificando o Inter.
“Já vimos acabar com muito menos. Certamente, a Conmebol não queria ter no seu colo a possibilidade de exclusão. Todos os 22 em campo, mais o banco de reserva, estavam loucos para o fim da partida”, considerou.
A decisão do classificado à próxima fase da pré-Libertadores será na semana que vem, dia 11, no Beira-Rio. Um novo 0x0 força os pênaltis e empate com gols beneficia os chilenos.
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