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Até a chegada de Jorge Jesus no Flamengo, o treinador Renato Gaúcho era o grande nome entre os comandantes no país. Inclusive, o brasileiro chegou a receber duas propostas do clube carioca, mas recusou para seguir projeto do Grêmio
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“Eu recebi duas propostas do Flamengo. Tenho todo o carinho pelo Flamengo. Joguei com o Zico, sempre fui ídolo lá. Mas preferi permanecer e seguir o projeto do Grêmio”, contou Renato Gaúcho ao programa Visão FOX, na madrugada desta sexta-feira (21).
Após polêmicas com Jorge Jesus na disputa pela semifinal da Libertadores do ano passado, Renato Gaúcho pediu tempo aos novos treinadores estrangeiros que chegaram ao Brasil, casos de Dudamel no Atlético-MG, Jesualdo no Santos e Coudet no Internacional. Renato Gaúcho ressaltou que fator Jesus pode atrapalhar os ‘gringos’, mas que sucesso imediato não é regra no futebol.
“Acho que, acima de tudo, se é bom profissional, tem espaço para todo mundo. Mas as pessoas têm que colocar na cabeça que, nem todo treinador estrangeiro vai ter o sucesso imediato que o Jorge Jesus teve”, disse o treinador.
“Hoje em dia, está tendo muita cobrança nos estrangeiros porque querem o mesmo resultado que o Jesus teve no Flamengo, o Sampaoli no Santos. Não posso esquecer que, no primeiro semestre, o Sampaoli perdeu tudo, mas depois ele fez uma grande campanha no Campeonato Brasileiro. Vai ser da noite para o dia, por mais capacidade que o técnico tenha”, destacou.
“Tem espaço para todo mundo. Deem tempo para trabalhar. Só que, infelizmente, o técnico brasileiro já não tem tempo, imagino as pessoas tendo paciência com os estrangeiros. Ainda mais por causa do Jorge Jesus, que todos querem resultado imediato. No Brasil, não temos a paciência do europeu”, completou Renato Gaúcho.
Sonho em treinar a Seleção
Chegar na seleção brasileira é um sonho de qualquer jogador de futebol. Para o treinador, isso também não é diferente. Último comandante brasileiro a vencer a Copa Libertadores, Renato Gaúcho ressaltou seu desejo por ser técnico da equipe.
“Meu sonho é chegar na seleção brasileira. Não posso pensar pequeno, tenho que pensar grande. Quando eu tinha 18 anos, queria ser titular pelo Grêmio, mas já pensava em chegar na Seleção. Todo mundo falava “calma, calma”, mas no ano seguinte eu estava lá. Fiquei 10 anos jogando pela Seleção”, disse Renato Gaúcho.
O treinador do Grêmio elogiou o atual comandante da equipe, mas disse que continua sonhando. “A seleção brasileira está muito bem servida pelo Tite, mas eu tenho que sonhar. Não posso achar que não tenho capacidade. Dentro do meu trabalho, vou querer chegar lá. Vou pensar grande. Não preciso me acomodar após esses títulos”, comentou.
Elogios a D’Alessandro e possível duelo contra o Inter na Libertadores
Recentemente, Renato Gaúcho elogiou o rival Andrés D’Alessandro, do Internacional. Para o treinador, o jogador argentino é a prova de que jogador bom não tem idade.
“O D’Alessandro já fez muito pelo futebol e continua fazendo. Muitos disseram que ele estava acabado, mas voltou com tudo esse ano. Tem uma certa idade, mas é o que falo: comigo não tem essa, vai jogar quem estiver melhor. Ele está próximo dos 40 anos e está jogando muito. Por tudo que já fez pelo Internacional, para a Seleção… é um grande jogador”, disse.
Renato Gaúcho ainda ressaltou que torce para o Internacional passar pelo Tolima e chegar à fase de grupos da Copa Libertadores.
“Torço muito para que tenha um Gre-Nal na Libertadores. Uma viagem a menos, valoriza muito o futebol gaúcho, os dois clubes, todos os profissionais. A gente não tem que ficar secando eles. Valoriza nosso estado, nosso futebol brasileiro. Só temos a ganhar. Torço muito para que o Internacional passe para a próxima fase”, concluiu.
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